segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Planejamento Anual 2º Período

Educação Infantil - 2º Período 2010

Professora: Simone Helen Drumond - http://simonehelendrumond.ning.com/

Linguagem Oral e Escrita

Objetivos:

1. Desenvolver a capacidade de expressar-se oralmente com a clareza necessária para ser compreendido.

2. Estimular o interesse pela descoberta do código escrito no meio em que vive.

3. Desenvolver a habilidade de identificar e traçar corretamente as letras e números.


Fevereiro

• Coordenação Visomotora

• Grafismos

• União de pontos

• Desenhos, Pinturas, Recorte e Colagem,

• Labirinto

• Dobraduras

• Vogais - A a, E e, I i, O o, U, u

• Recorte e Colagem

• A escrita como forma de comunicação

• Relatos de experiências

• Conversas

• Histórias

• Ampliação de Vocabulário

• Sons


Março

• Percepção visual

• Identificação de partes do todo

• Descobrir diferenças

• Localizar semelhanças

• Encontros vocálicos

• Revisão das vogais - a, e, i, o u.

• Recorte e Colagem

• A escrita como forma de comunicação

• Relatos de experiências

• Conversas

• Histórias

• Ampliação de Vocabulário

• Sons

• Encontro de vogais


Abril

• Recorte e Colagem

• A escrita como forma de comunicação

• Relatos de experiências

• Conversas

• Histórias

• Ampliação de Vocabulário

• Sons

• Desenhos

• Letras B - C - D


Maio

• Trabalhar com as consoantes

• Identificar e grafar as consoantes minúsculas e maiúsculas

• As letras F - G - H

• Recorte e Colagem

• A escrita como forma de comunicação

• Relatos de experiências

• Conversas

• Histórias

• Ampliação de Vocabulário

• Sons

• desenhos


Junho/Julho

• As letras J - K - L

• Recorte e Colagem

• A escrita como forma de comunicação

• Relatos de experiências

• Conversas

• Histórias

• Ampliação de Vocabulário

• Sons

• Desenhos


Agosto

• As Letras M - N - P

• Recorte e Colagem

• A escrita como forma de comunicação

• Relatos de experiências

• Conversas

• Histórias

• Ampliação de Vocabulário

• Sons

• desenhos

Setembro

• As letras Q - R - S

• Recorte e Colagem

• A escrita como forma de comunicação

• Relatos de experiências

• Conversas

• Histórias

• Ampliação de Vocabulário

• Sons

• Desenhos


Outubro

• As letras T - V - W

• Recorte e Colagem

• A escrita como forma de comunicação

• Relatos de experiências

• Conversas

• Histórias

• Ampliação de Vocabulário

• Sons

• Desenhos


Novembro

• As Letras X - Y - Z

• Recorte e Colagem

• A escrita como forma de comunicação

• Relatos de experiências

• Conversas

• Histórias

• Ampliação de Vocabulário

• Sons

• Desenhos

• Nome completo


Dezembro

• Nome completo de letra cursiva

• Revisão do alfabeto e famílias silabicas

• Recorte e Colagem

• A escrita como forma de comunicação

• Relatos de experiências

• Conversas

• Histórias

• Ampliação de Vocabulário

• Sons



Matemática

Objetivos:

1. Desenvolver na criança a capacidade de pensar logicamente;

2. Trabalhar problemas relacionados ao seu cotidiano para melhor entendimento do meio em que vive.


Fevereiro

• Coordenação motora

• Numerais de 0, 1 e 2

• Grafismo

• Contorno de figuras

• Desenho

• Pintura

• Recorte e Colagem

• Labirinto


Março

• Discriminação Visual

• Números 3, 4 e 5

• Forma e cor

• Igual/Diferente

• Camuflagem

• Complementação de figuras

• Detalhes de cena

• Relações e afinidades


Abril

• Orientação temporal

• Antes/depois

• Ontem/hoje/amanhã

• Dia/noite


Maio

• Orientação espacial

• atrás/na frente/no meio/entre

• aberto/fechado

• de frente/de costas

• em cima/embaixo

• em pé/deitado/sentado

• mais longe/mais perto

• mesma posição/posição diferente

• Números 6, 7, 8, 9 e 10


Junho/Julho

• Noções de geometria

• Linhas abertas e fechadas

• Números 11 e 12.

• Mesma forma

• Triângulo - Quadrado - Círculo


Agosto

• Relações de dimensão

• curto/comprido

• grande/pequeno/mesmo tamanho

• grosso/fino

• mais alto/mais baixo

• Revisão dos números de 0 a 12.


Setembro

• Seqüência e seriação - números

• Relações de massa e volume

• cheio/vazio

• leve/pesado

• Ontem/hoje/amanhã (revisar)


Outubro

• Relações de quantidade

• Mais/menos/ muito/pouco/nenhum

• Números 13, 14 e 15.


Novembro

• Noções de adição/subtração

• Noções de conjunto

• Números 15, 16, 17, 18, 19 e 20

• Par/ímpar


Dezembro

• Revisão de toda a matéria


Natureza e Sociedade

Objetivos:

1. Aprofundar as vivências relacionadas à família, à escola, ao grupo de amigos e colegas;

2. Levar a criança a incorporar normas de conduta social, costumes e convenções que fazem parte da cultura em que vive e que são exigidos no processo de adaptação do sujeito à sociedade a que pertence;

3. Organizar e sistematizar os conhecimentos relacionados com a natureza em transformação, aos seres vivos, à ecologia e à qualidade de vida (higiene e saúde).

SOCIEDADE

FEVEREIRO

Carnaval.

A origem do nome.

Endereço e Telefone

Descendência familiar.


MARÇO

O bairro e a origem da Escola.


ABRIL

Os tipos de casa e as localizações.

Quais os tipos de habitantes.

Dia do Índio e Descobrimento do Brasil

Páscoa


MAIO

As profissões.

O trabalho.

Dia das mães.


JUNHO/JULHO

Cidades e Regiões

Festa Junina


AGOSTO

Folclore

Dia dos Pais


SETEMBRO

Os meios de Transporte e o Trânsito.

Dia da Árvore

Primavera


OUTUBRO

Animais em extinção.

Dia das Crianças


NOVEMBRO

Proclamação da República e Dia da Bandeira

Meios de Comunicação


DEZEMBRO

Natal



NATUREZA


FEVEREIRO

O corpo humano - as partes, os sentidos, a altura


MARÇO

A nossa alimentação e as origens dos alimentos

De onde vem e onde compramos os produtos que consumimos


ABRIL

As estações do ano.

Os períodos do dia.

Os dias da semana.

Os meses do ano.


MAIO

Boas maneiras

Como nós devemos nos comportar e agir


JUNHO

Ecologia e Meio Ambiente

A reciclagem



AGOSTO

O Universo

O planeta Terra

Os planetas

As estrelas

O dia e a noite

O tempo: estações



SETEMBRO

Seres vivos

Seres não vivos



OUTUBRO

Animais

Animais que vivem na água

Animais que vivem no ar

Animais que vivem na terra

Animais com penas

Animais com pêlos

Alimentação dos animais

Onde vivem os animais

Animais domésticos, selvagens e noturnos



NOVEMBRO

Plantas

Partes das plantas

Cuidado com as plantas

Conservando o meio ambiente

O tamanho das plantas

Onde são encontradas

As plantas que trazem benefício ao homem

Do que precisam as plantas: água, luz e sol.


DEZEMBRO

Evite acidentes

Primeiros Socorros





Formação Pessoal e Social e Identidade e Autonomia

Objetivos:

1. Experimentar e utilizar os recursos de que dispõem para a satisfação de suas necessidades essenciais, expressando seus desejos, sentimentos, vontades e desagrados, e agindo com progressiva autonomia;

2. Ter uma imagem positiva de si, ampliando sua autoconfiança, identificando cada vez mais suas limitações e possibilidades, e agindo de acordo com elas;

3. Valorizar ações de cooperação e solidariedade, desenvolvendo atitudes de ajuda e colaboração e compartilhando suas vivências;

4. Brincar.


Fevereiro - Meu nome, seu nome

Março - Respeito às regras simples de convívio social

Abril - Independência

Maio - Interação - Cooperação - Valorização dos cuidados com os materiais de uso individual e coletivo.

Junho - Participação de meninos e meninas igualmente em brincadeiras de futebol, casinha, pular corda etc.

Agosto - Jogos e brincadeiras

Setembro - Iniciativa para resolver pequenos problemas do cotidiano.

Outubro - Respeito às características pessoais relacionadas ao gênero, etnia, peso, estatura, etc.

Novembro - Participação em situações que envolvam a combinação de algumas regras de convivência em grupo.

Dezembro - Procedimentos básicos de prevenção a acidentes e autocuidado.


Movimento

Objetivos:

1. Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo.

2. Ampliar as possibilidades expressivas do próprio movimento, utilizando gestos e o ritmo corporal nas brincadeiras; jogos e demais situações.

3. Controlar gradualmente o próprio movimento, aperfeiçoando os seus recursos de deslocamento e ajustando suas habilidades motoras.



Conteúdos:

• Reconhecimento progressivo de segmentos e elementos do próprio corpo por meio da exploração com os outros.

• Percepção das sensações, limites potencialidades, sinais vitais e integridade do próprio corpo.

Participação em brincadeiras e jogos que envolvam correr, subir, descer, etc.

• As músicas, danças, brincadeiras e jogos serão dados de acordo com o tema trabalhado no mês.

• Manipulação de materiais e brinquedos diversos para aperfeiçoamento de suas habilidades manuais.


Fevereiro

• Esquema corporal - andando ( de frente e de costas), batendo palmas, (com as mãos na cabeça, com as mãos na cintura, etc.); saltando (uma corda em movimento, com os pés juntos, amarelinha); correndo (com as mãos na cabeça, num pé só, em duplas de mãos dadas); marchando (em fila, no mesmo lugar).

Março

• Jogos imitativos - imitar a mamãe (varrendo a casa; passando roupa, o papai pintando a parede);- trabalhar a discriminação auditiva (provocar sons com o próprio corpo: soprar, estalar, bater os pés no chão).

Abril

• Brincadeiras ao ar livre: telefone sem fio, batata quente, macaquinho mandou, atravessando o rio, morto-vivo.

Maio

• Brincadeiras com bola: bola rolada, gira roda, queimada, alerta, vai e vem, túnel, futebol, basquete.

Junho

• Jogos e brincadeiras com sucatas e latas: perna de lata, andando com perna de latas, boliche, trilha de garrafas.

Agosto

• Brincadeiras Folclóricas: corrida do saci, Mia - o gato, duro ou mole, mãe da rua, a corrente que pega a gente, quebra corrente, passa anel.

Setembro

• Jogos e brincadeiras com raquetes: Pingue pongue, andar em linha reta ou zigue-zague, rebatendo a bola para o alto, rebatendo a bola na parede, em dupla com as raquetes rebatendo as bolas, rebater uma vez com a mão direita, outra com a esquerda.

Outubro

• Cantigas de roda: Sambalelê, nesta rua, cana verde, capelinha de melão, o cravo brigou com a rosa, Terezinha de Jesus, alecrim, atirei o pau no gato.

Novembro

• Jogos e brincadeiras com cordas: saltando as cordas, vai e vem com as cordas, corrida com corda, pula-pula com corda.

Dezembro

• Jogos e brincadeiras com arcos: pulando arcos no chão, rolar o arco, acertar as garrafas, jogar para o alto e pegar, brincando de volante, entrar dentro do arco, fazer bambolê, corrida dos arcos.

Planejamento - VOLTA AS AULAS – Período de Adaptação - 2º Período

Tema: A escola, eu e outros
Professora: Simone Helen Drumond - simone_drumond@hotmail.com


Objetivo: Promover, através da ludicidade a familiarização da criança ao espaço escolar. Valendo-se das rotinas diárias para proporcionar um ambiente acolhedor, onde as amizades infantis sejam latentes e significativas em seus valores.

Conteúdos - Linguagem Oral e Escrita
Coordenação Visomotota

Grafismo
União de pontos
Desenhos, pinturas, recortes e colagens.
Labirinto
Dobraduras.
Vogais Aa, Ee, Ii, Oo, Uu
A escrita como forma de comunicação
Relatos de experiências
Histórias
Ampliação do vocabulário
Sons

Habilidades/Competências/Descritores:

Desenvolver a capacidade de expressar-se oralmente com a clareza necessária para ser compreendido.


Estimular o interesse pela descoberta do código escrito no meio em que vive.

Desenvolver a habilidade de identificar e traçar corretamente as letras.

Conhecer a escola como um ambiente onde todos têm algo a oferecer.

Despertar o gosto pela escola e pela freqüência as aulas.

Promover atividades lúdicas de conhecimento das dependências e pessoas que trabalham na escola.


Procedimento Metodológico

- Acolhida e apresentação da professora e dos alunos.


- Conhecendo a Sala de aula, a professora e os colegas.

- Confecção do crachá de identificação dos alunos.

- Atividades diversificadas: Modelagem com massinha.

- Jogos lúdicos e afetivos envolvendo os conteúdos propostos.

- Grafismo livre e grafismo envolvendo atividades de: união de pontos, desenho, pintura, recorte, colagem, labirintos, dobraduras e escrita das vogais.

- Desenho livre com giz de cera.

- Atividades de em classe com labirinto (andar sobre linhas retas, curvas e sinuosas)

- Aprendendo as músicas de rotina.

- Estimulo da linguagem oral e verificação dos conhecimentos prévios nas atividades diárias.

- Exploração do vocabulário e aspectos cognitivos, através dos diversos sons do ambiente e mecanicamente reproduzidos.

- Conhecendo a escola: o banheiro, o refeitório, funcionários, espaço escolar e a direção.



Conteúdos - Matemática
Coordenação motoraCarnaval

Números 0, 1 e 2
Grafismo
Contorno de figuras
Desenho
Pintura
Recorte e colagem
Labirinto

Habilidades/Competências/Descritores

Desenvolver na criança a capacidade de pensar logicamente,



Trabalhar problemas relacionados ao seu cotidiano para melhor entendimento do meio em que vive.

 
Procedimento Metodológico- Atividades gráficas envolvendo coordenação motora, números 0,1 e 2, contorno de figuras e labirintos.



- Desenhos livres e dirigidos, envolvendo número e quantidade.


- Contagem informal em todas as atividades diárias da escola.


- Relação número e quantidade nas atividades diárias


- Atividades de desenho, pintura, recorte e colagens envolvendo a matemática.



Conteúdos: Natureza e Sociedade


Escola
A origem do nome
Endereço e telefone
Descendência familiar

Habilidades/Competências/Descritores

Aprofundar as vivências relacionadas à família, à escola, ao grupo de amigos e colegas.


Levar a criança a incorporar normas de conduta social, costumes e convenções que fazem parte da cultura em que vive e que são exigidos no processo de adaptação do sujeito à sociedade a que pertence.


Procedimento Metodológico
- Conversa sobre a visita à Escola, sobre os funcionários e outros aspectos relevantes ao tema.


- Música: A minha escola, meu lanchinho, dona baratinha, borboletinha, meu jardim encantado, os dedinhos, pau n gato, meus amiguinhos, quem sou eu? Vai e volta amiguinho, a família feliz, Deus me ama, o amor de Deus entre outras.

- Atividades diversificadas: Desenho da Escola com giz de cera. Modelagem da letra inicial do nome e das pessoas que compõem a família de cada aluno.

- Conversa informal dos aspectos acerca do carnaval.

- Conhecendo o nome e a origem dos nomes, através de relatos dos pais.

- Conversa sobre as descendências da família.

- Pesquisa simples sobre o endereço dos alunos.


Conteúdos: Natureza
O corpo humano – as partes, os sentidos e a altura.

Habilidades/Competências/Descritores

Reconhecer as partes simples do corpo humano.


Saber cuidar do corpo humano

Perceber que o corpo humano infantil é frágil e que precisa de cuidados relevantes a higiene e saúde.

Reconhecer os períodos para o corpo humanos no decorrer das atividades, de modo que não se machuque.

Procedimento Metodológico
- Promover atividades lúdicas e gráficas de modo que os alunos possam: reconhecer as partes do corpo humano.


- Grafismo dos conhecer o conceito de saúde;

- Na rodinha promover, momentos de interações de aprendizagens para que os alunos possam conhecer a importância da prevenção de acidentes e de doenças.

Conteúdos: Formação Pessoal e Social e Identidade e Autonomia
Meu nome, seu nome


Habilidades/Competências/Descritores

Perceber a importância do reconhecimento do nome próprio.


Valorizar o significado do seu nome.

Saber por que os pais escolheram este nome.



Procedimento Metodológico
- Através das atividades gráficas, lúdicas e valendo-se dos cartazes da classe, promover o reconhecimento do nome por meio de estímulos constantes das atividades diárias.


- Construir ao longo do ano letivo o caderno com a escrita do nome dos alunos, através de diversos materiais artísticos.

- Produzir o álbum de fotos relacionando nome e pessoa.

Conteúdos: Movimento
Esquema corporal

Habilidades/Competências/Descritores


Reconhecimento progressivo de segmentos e elementos do próprio corpo por meio da exploração com os outros.


Percepção das sensações, limites potencialidades, sinais vitais e integridade do próprio corpo.

Procedimento Metodológico
 
- Andando ( de frente e de costas), batendo palmas, (com as mãos na cabeça, com as mãos na cintura, etc.).


-Saltando (uma corda em movimento, com os pés juntos, amarelinha).

-Correndo (com as mãos na cabeça, num pé só, em duplas de mãos dadas).

- Marchando (em fila, no mesmo lugar).

 
A avaliação será feita através de:


( x ) Observação
( x ) Registro das falas dos alunos sobre o que aprenderam sobre determinado conteúdo.
( x ) Participação
( x ) Freqüência
( x ) Interesse
( x ) Assimilação dos conteúdos
( x ) Organização
( x ) Progressão
( ) Colaboração
( x ) Auto expressão dos saberes, de acordo com sua maturação.
( ) Empenho
( x ) Desenvolvimento das atividades, com progresso de saberes de acordo com a maturação dos educandos.

( ) Outros ...............................................................................................................................................




A construção da leitura e escrita uma dinâmica constante na proposta da Rede Salesiana de Escolas.

A construção da leitura e escrita uma dinâmica constante na proposta da Rede Salesiana de Escolas.


Simone Helen Drumond



De acordo com Paulo Freire "A leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra e a leitura desta implica a continuidade da leitura daquele", potencializando absolutamente a existência do aprendiz ao aprendizado e à efetivação do ato de ler e escrever.



Resumo:

Sem dúvida alguma, o estudo da leitura compõe-se de um mosaico de teorias e conceitos pertencentes a várias áreas do conhecimento. Concebida enquanto ação, e não ato passivo pressupõe abordagem multidisciplinar devido às diversas facetas do processo dinâmico do ato de ler, porém a construção da leitura e escrita é uma dinâmica constante na proposta da Rede Salesiana de Escolas, isto é, apropriar-se de um conhecimento cultural amplo para tornar-se usuário da leitura e da escrita no meio em que vive. O ato da leitura e da escrita não se efetiva em ações isoladas, nem mesmo lineares, mas sim em decorrência de complexa reação em cadeia de ações, sentimentos, desejos, especulações na bagagem de conhecimentos armazenados, motivações, análises, críticas do leitor-escritor, tal experiência encontra-se submetida a diversas variáveis que não podem deixar de ser verificadas, ao se tentar teorizá-la. Leitura e escrita são ferramentas para compreensão e a realização da comunicação, é também como nossos livros de história e geografia nos mostram é a chave para a apropriação dos saberes, já conquistado pela humanidade, por meio da aprendizagem. O ser humano cumpre seu papel simbólico, social, de cidadão inserido na civilização e que consegue aprender qualquer assunto, produzir qualquer conhecimento através da leitura. Esta é a questão fundamental deste artigo. Promover uma nova holística fundamentada que sustente um trabalho e ação pedagógica eficaz, bem como a importância da formação, capacitação efetiva e permanente dos educadores salesianos, acerca da construção da leitura e escrita, tendo em vista esta é uma dinâmica constantemente trabalhada por educadores e educandos na proposta da RSE. Consciente de seu papel no processo ensino – construção - aprendizagem - avaliação da leitura, os educadores tornam-se mediadores e podem realizar um trabalho de ação pedagógica com enfoque no desenvolvimento e na construção da linguagem. Para isso, a pratica do educador acerca dos livros da RSE precisa ser estimulantemente desafiadora que levem o aprendiz a pensar, dialogar e projetar o processo de leitura e escrita coerente, matura, progressiva e abrangente que nossa metodologia apresenta.



Palavras-chave: leitura – escrita – aprendizagem – pensamento - linguagem – desenvolvimento.



Introdução

Assim como LUCKESI (2003, p. 119) acreditamos que “[...] a leitura, para atender a sua plena acepção e significado, deve, intencionalmente, referir-se à realidade. Caso contrário, ela será um processo mecânico de decodificação de símbolos”. Logo, todo o ser humano é capaz de ler e lê efetivamente. Deste modo, tanto lê o conhecedor dos signos lingüísticos / gramaticais, quanto o camponês, “não letrado”, que, observando a natureza, prevê o sol ou a chuva.

A leitura tem um papel essencial e dinâmico na vida das pessoas, haja vista que propicia a obtenção de informações em relação a qualquer contexto e área do conhecimento, assim como, pode constituir-se em fonte de entretenimento, e prazer para alguns, e um desafio a conquistar para outros.

O que é ler? Qual a importância da leitura? Quais metodologias são práticas para uma leitura eficiente? Questões óbvias, que pela sua proeminência, foram veladamente problematizadas no fórum de debate da Rede Salesiana de Escolas. Estudiosos e pesquisadores têm trabalhado muito para compreender e elaborar exemplos de como funciona o pensamento do educando quando se esta aprendendo a ler e escrever.

Piaget preocupou-se em esclarecer a maneira como o educando interatua com o mundo e com as pessoas para chegar ao conhecimento. Suas pesquisas indicam que o conhecimento é construído no intercâmbio do sujeito com o objeto de aprendizagem. O educando apodera-se de um conhecimento se atuar sobre ele, uma vez que aprender é descobrir, inventar e modificar.

Emilia Ferreiro e Ana Teberosky a partir de um estudo denominado Psicogênese da Língua Escrita desenvolveram teses acerca das hipóteses de pensamentos que os educandos podem apresentar a respeito da linguagem escrita. Nesta não há uma proposta de uma nova pedagogia ou metodologia, mas nos elucida daquilo que leva o educando a aprendizagem do código lingüístico e este não é o cumprimento de uma série de tarefas ou conhecimento das letras e das silabas, mas sim, a compreensão e a vivencia de diversas situações de comunicação.

Vygotsky através do desenvolvimento das capacidades intelectuais superiores do ser humano, acreditava que a linguagem atuaria como principal fator para que esse desenvolvimento ocorresse. Analisando a linguagem como um conjunto de símbolos como caráter histórico e social, enfatizava a importância da informação e da interação lingüística para construção do conhecimento.

Suas idéias sobre linguagem ajudaram a esclarecer as relações entre pensamento, linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. A partir das investigações desses e outros estudiosos, o educador tem condições de perceber claramente o processo de apropriação de conhecimento pelo aprendiz e, especificamente, o processo de aprendizagem da leitura e da escrita. Possibilitando planejar uma mediação e intervenção pedagógica quando houver necessidade, tendo em vista que o aprendiz é protagonista de seu processo de ensino aprendizagem, é alguém que vai produzir, pois irá transformar em conhecimento próprio as informações que recebeu.

Essa assimilação não se dá no vazio, mas como nossos livros da Rede Salesiana nos retratam - que a partir de situações nas quais os alunos são sujeitos ativos do processo – eles conseguem pensar, agir e dá sentido coerente as informações, buscam recursos para avançar, agir sobre as características do objeto e assim a aprendizagem que ocorrerá será significativa, coerente e matura.

Friso que a leitura é extremamente importante, uma vez que, “[...] amplia e integra conhecimentos [...], abrindo cada vez mais os horizontes do saber, enriquecendo o vocabulário e a facilidade de comunicação, disciplinando a mente e alargando a consciência [...]” (RUIZ, 2002, p. 35). Investigações atestam que o sucesso nas carreiras e atividades na atualidade, relacionam-se, estreitamente, com a hábito da leitura proveitosa, pois além de aprofundar estudos, possibilita a aquisição dos conhecimentos produzidos e sistematizados historicamente pela humanidade.

O objetivo maior ao proceder à leitura de um texto ou obra é “[...] aprender, entender e reter o que está lendo.” (MAGRO, 1979, p. 09). Por conseguinte, inquestionavelmente, a leitura é uma prática que requer aprendizagem para tal e, sem sombra de dúvida, uma atividade ainda pouco desenvolvida. Neste particular, SALOMOM (2004, p. 54) enfatiza que “a leitura não é simplesmente o ato de ler. É uma questão de hábito ou aprendizagem [...]”. Além do incentivo na classe a escola deve propiciar ao educandos à ascensão de espaços criativos, atrativos e permanentes de leitura. O incentivo de como criar o prazer para este ofício nos é mostrado diariamente nas atividades dos Livros da Rede Salesiana de Escolas de todo Brasil .

Nossos extraordinários autores da Rede Salesiana de Escolas fundamentados em uma corrente pedagógica alicerçada em saberes competentes, nos apontam que o deleite sucedido da leitura não se tem captação num passe de mágica, espontaneamente. Este requer uma opção, atitudes coerentes e pertinentes ao objetivo proposto. DMITRUK (2001, p. 41) afirma, convictamente, que “[...] não importa tanto o quanto se lê, mas como se lê. A leitura requer atenção, intenção, reflexão, espírito crítico, análise e síntese; o que possibilita desenvolver a capacidade de pensar.”

Minha experiência com os livros do 3º ano (antiga 2º série) me permite relatar que incontestavelmente as atividades possuem um foco estimulador da leitura com texto dos mais variados gêneros, permitindo o aprendiz a: prender, fazer, ser, conviver e crer. Através desta rica com experiência com os livros e encontro de autores ressalto algumas habilidades que julgo pertinentes, nesta perspectiva:

1º - Ler com objetivo determinado, isto é ter uma finalidade. É necessário deixa claro aos educandos o motivo pelo qual ele está lendo.

2° - Ler unidades de pensamento e não palavras por palavras. Na leitura relacionar idéias é um aspecto enriquecedor ao processo de ensino-aprendizagem.

3º - Ajustar a velocidade (ritmo) da leitura ao assunto, tema e/ou texto que está lendo valoriza as situações lingüísticas, bem como o uso da norma culta, em situações em que o conhecimento desta for necessário.

4º - Avaliar o que se está lendo é um fator bastante relevante para elaboração de novos significados.

5º - Aprimorar o vocabulário esclarecendo termos e palavras “novas”. O dicionário é um recurso significativo. No entanto, a palavra-chave, ponderada, no contexto do próprio assunto em que esta sendo trabalhada, facilita a compreensão e projeção ao grupo dos novos saberes.

6º - Adotar habilidades para conhecer e promover o encantamento dos saberes presentes no material dos livros da Rede Salesiana de Escolas, isto é, indagar pelo que trata determinada obra, promove uma satisfação interna no aprendiz no processo da leitura e escrita, levando-os a perceber que ler e escrever é: saber ouvir, falar, interpretar textos orais e escritos, elaborar novos conhecimentos, levantar conhecimentos prévios, expressar idéias, pensamentos e sentimentos. Utilizando a linguagem adequada a cada situação.

7º - A pratica reflexiva constante dos textos contidos nos livros, a partir de leitura variadas, juntamente com o exercício da oralidade e da argumentação, torna os educandos capazes de operar sobre o conteúdo dos textos, identificando aspectos relevantes e analisando-os criticamente (conforme sua maturidade), por isso, é importante o educador saber quando é conveniente ou não interromper uma leitura, bem como quando retomá-la.

8º - Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as varias manifestações das linguagens verbal e não-verbal com colegas, centrando-se no valor objetivo do texto, visto que “o diálogo é a condição necessária para a indagação, para a intercomunicação, para a troca de saberes [...]” (ECCO, 2004, p. 80).

9º - Estimular o educando a ler assuntos vários. Mostrar-lhes que não devemos estar condicionado a leitura das mesmas classes de assuntos. As leituras variadas que os livros da RSE trazem para sala de aula, favorecem o conhecimento da organização do mundo e da própria identidade do aprendiz.

10º - Ler muito e sempre que possível como meio de expressão, informação e comunicação, refletindo sobre o contexto e tornando-se interlocutor protagonista no processo de produção e recepção, favorecem ao aprendiz experiências simbólicas humanas e sociais, levando-os a perceber que a leitura é uma atividade de vida.

Friso que tais orientações só terão efeitos eficientes, se observadas e praticado-os efetivamente, do contrário, não passarão de balelas. A leitura eficiente estar sujeito ao método e este está presente coerente em nosso material da RSE. No entanto, indubitavelmente, o método está vinculação a quem o aplica. Não bastam somente boas intenções, são necessárias ações intercambiais aos desígnios da pratica coerente da leitura e escrita.

O ato de ler uma dinâmica constante na proposta da Rede Salesiana de Escolas é um exercício de indagação, de reflexão crítica, de entendimento, de captação de símbolos e sinais, de mensagens, de conteúdo, de informações. Verdadeiramente é um intercâmbio, uma vez que possibilita relações intelectuais e potencializam outras. O ato de ler permite-nos a formação dos nossos próprios conceitos, explicações e entendimentos sobre realidades, elementos e / ou fenômenos com os quais defrontamo-nos. Assim, o educando será capaz de fazer a interpretação integral do texto, assim será o educando quem instiga, interpreta, reflete, propicia a leitura elaborada de situações. E, para finalizar, complementa-se que a leitura é a relação dialógica entre o mundo do texto e o mundo do leitor. Para que esse encontro se efetive, não é necessário possuir somente competência técnica, mas, torna-se ainda necessária a capacidade de saber integrar esses dois universos. Ousa-se até afirmar que tal diálogo seja a essência de todo o processo da ação leitura e escrita.

Conclusão

É basal abranger que, na concepção de cada educando, a leitura é de máxima importância, concebendo um papel eficaz, pois revela-se como uma das vias no processo de construção do conhecimento, como fonte de informação e formação cultural. “Ler é benéfico à saúde mental, pois é uma atividade Neuróbica. A atividade da leitura faz reforçar as conexões entre os neurônios, Para a mente, ainda não inventaram melhor exercício do que ler atentamente e refletir sobre o texto.” (WIKIPÉDIA, 2006, p. 01).

A leitura não é só uma intervenção da inteligência, ela tem início com o lado físico do aprendiz, mas derivar, da vivencia deste em determinado contexto ou espaço, do relacionamento consigo mesmo e com os outros sujeitos. Ler é trabalho de linguagem e de comunicação social. Ao se desenvolver o ato da leitura, torna-se necessário que o leitor encontre, sentidos e nomeie-os. Estes nomes agrupam-se a outros nomes e são novamente nomeados, estabelecendo-se uma cadeia sem fim, a qual Barthes (1980) denomina de "trabalho metonímico". E prossegue: ler é entrar em "uma rede com mil entradas; seguir esse caminho é visar ao longe, não uma estrutura legal de normas e desvios, uma lei narrativa e poética, mas uma perspectiva (de restos, de vozes vindas de outros textos, de outros códigos) cujo ponto de fuga é misteriosamente aberto e, no entanto, continuamente transferido" (BARTHES, 1980, p.17).

Referências

RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

DMITRUK, H. B. (Org.) Diretrizes de Metodologia Científica. 5. ed. Chapecó: Argos, 2001.

SALOMON, D. V. Como fazer uma monografia. 11. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004

MAGRO, M. C. Estudar também se aprende. São Paulo: EPU, 1979.

ECCO, I. A prática educativa escolar problematizadora e contextualizada: uma vivência na disciplina de história. Erechim, RS: Editora FAPES, 2004.

WIKIPÉDIA. Leitura. http:wikipedia.org/wiki/Leitura. Acessado em 08/03/2007.

BARTHES, Rolland. S/Z. Lisboa: Edições 70, 1980

FREIRE, P. Alfabetização de adultos e bibliotecas populares - uma introdução. In: _____. A importância do ato de ler: em três artigos que se complementam. 3.ed. São Paulo: Autores Associados, 1983. p. 25-41.

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sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A menina no país das maravilhosas - A importância do real e do imaginário para as crianças - Artigo de Simone Helen Drumond

A menina no país das maravilhosas

A importância do real e do imaginário para as crianças.

Artigo de Simone Helen Drumond de Carvalho

simone_drumond@hotmail.com




O filme possui uma atmosfera: sensível e emocionante. A analise pedagógica do enredo da história é enriquecedor ao profissional de educação. É difícil compreender como um filme que ajudaria tantos pais e educadores não chega às telas dos cinemas. A obra, além de introduzir a história de maneira ímpar, aborda outros temas. Mas ainda dentro desse universo, ‘A menina no país das maravilhas’ leva a pessoa que o assiste a discernir qual será o seu papel de fato no mundo tão cheio de convenções e principalmente na caminhada diária de sua vida, a não perder-se da sua essência. O ‘Quem é você?‘ em cada situação de sua vida.

Outro tema latente retratado no filme é o bullying. entre as crianças que almejam participar da peça teatral. Precisamos trabalhar sobre este contexto, pois limpar essa carga negativa nas novas gerações é fator essencial dos pais, educadores e profissionais que trabalham com a ética. E emocionante a cena onde um ‘diferente’ é enfim integrado a turma teatral no papel da Rainha de Copas, será pretendido por um menino, o Jamie. O que dará margens a ser zoado pelos demais. Phoebe e Jamie, os ‘diferentes’, ficam amigos.

Ainda dentro do universo escolar… Em ‘A Menina no País das Maravilhas‘ temos uma Escola castradora. Não é dado às crianças, o direito de perguntar, de questionar aquilo que ensinam. Para eles, a lei máxima é: ‘Siga as regras, e seja feliz‘. Mas feliz onde? Ou como? Onde ficaria o verdadeiro eu desse ser, ainda em formação? Limites, respeito às regras, devem vir de dentro. Saber escolher entre o certo e o errado não de forma arbitrária. E mais, podando o raciocínio das crianças, estamos cada vez mais os conduzindo aos sonhos quiméricos. Sonhos sem o menor planejamento. Na infância, a fantasia pode ser uma grande aliada para o futuro. Não devemos castrar os sonhos, mas os mediar de forma coesa, para que as crianças saibam lidar com seu emocional.

Para Phoebe, a ajuda veio na nova Professora de Artes Dramáticas. Que iria encenar a obra de Lewis Carroll na Escola. Alguém que veio abalar com toda aquela rigidez. Phoebe, ciente de que tem um problema, hesita por um tempo em candidatar-se a um papel na peça. Assim como as outras meninas, deseja ser a Alice.

Coincidência, ou não, a mãe de Phoebe passa por um bloqueio criativo. Não está conseguindo escrever sobre o tema que escolheu para a sua dissertação. Que seria em cima da história de Lewis Carroll. Por esse, e outros problemas, termina por se culpar. Achando que a Phoebe está assim, por não lhe dar mais atenção. Nem se tocando que a filha caçula ressente da falta da atenção da mãe. E nesse universo familiar conflitante, o pai se frustra que de onde aceitaram publicar seu livro, ele não será lido.

Phoebe clama por ajuda. Não sabe o que se passa consigo. Não tem controle do que faz, do que fala, o único lugar onde não se vê diferente, onde não sofre pressões, onde pode usar livremente a sua mente, a sua imaginação é nesse mundo encantado. Mas que também pode ser real, se a tal peça teatral for realizada.

A protagonista da história tem a Síndrome de Tourette.

A Síndrome de Tourette (ST) é um distúrbio neurológico ou "neuro-químico" que se caracteriza por tiques - movimentos abruptos, rápidos e involuntários - ou por vocalizações que ocorrem repetidamente com o mesmo padrão. Seus sintomas incluem:

1. Tiques motores múltiplos e pelo menos um tique vocálico precisam estar presentes por algum tempo durante a doença porém não necessariamente de forma simultânea;

2. A periodicidade dos tiques é muitas vezes ao dia (geralmente em salvas), quase todo dia ou intermitentemente ao longo de pelo menos um ano;

3. Há uma variação periódica no número, na freqüência, no tipo e localização dos tiques; também a intensidade dos sintomas tem um caráter flutuante. Os sintomas podem chegar até a desaparecer por semanas ou alguns meses; e

4. Início antes dos 18 anos de idade.

O termo "involuntátios", usado para descrever os tiques da ST, é fonte de alguma controvérsia, pois que se sabe que a maioria dos portadores consegue um limitado controle sobre seus sintomas. Porém se sabe que este limitado controle, que se consegue exercer durante alguns segundos ou até horas, se faz às custas de um adiamento que resulta por fim em uma salva muito intensa dos tiques que estavam sendo inibidos. Os tiques são vivenciados como algo irresistível (como por exemplo a necessidade de espirrar) e que precisa por fim se manifestar. As pessoas com ST muitas vezes procuram um local escondido para dar vazão a seus tiques após tê-los inibido a duras penas na escola ou no trabalho. É típico dos tiques serem exacerbados (porém não causados) por estresse e diminuirem com o relaxamento ou com a concentração em uma tarefa aprazível. Os indivíduos lutam não só contra a doença em si mesma, mas também contra o estigma social de que são vítimas.

Percebe-se que no filme há duas categorias de tiques na ST apresentadas por Phoebe os:

Motores - Pular, tocar pessoas ou coisas, cheirar, retorcer-se e, embora muito raramente, atos de auto-agressão, tais como machucar-se ou morder a si próprio;

Vocais - Pronunciar palavras ou frases comuns porém fora do contexto, ecolalia (repetição de um som, palavra ou frase de há pouco escutados) e, em raros casos, coprolalia (dizer palavras ou expressões socialmente inaceitáveis; podem ser insultos, palavras de baixo calão ou obscenidades). A margem de expressão de tiques ou sintomas assemelhados na ST é imensa. A complexidade de alguns sintomas freqüentemente surpreende e confunde os familiares, amigos, professores e empregadores que dificilmente acreditam que as manifestações motoras ou vocais sejam "involuntárias".

No enredo é perceptível que as pessoas portadoras de ST apresentam outros distúrbios além dos tiques, tais como:

Obsessões - representações, idéias ou pensamentos repetitivos, indesejados ou incômodos.

Compulsões - comportamentos repetitivos, freqüentemente ritualizados em que o indivíduo tem a sensação de que algo precisa ser executado de uma forma muito específica e correta, e novamente. Exemplos incluem tocar um objeto com uma mão e depois com a outra para que "as coisas permaneçam iguais", ou checar repetidas vezes se a chama do fogão está apagada. As crianças costumam pedir aos pais que repitam uma sentença muitas vezes até que "o som fique certo".

Phoebe revela traços de transtorno de Déficit de Atenção (com ou sem Hiperatividade) ou Transtornos Hipercinéticos - As crianças podem apresentar sinais de hiperatividade antes do surgimento dos sintomas da ST. Indícios do transtorno de hiperatividade e déficit de atenção podem ser: dificuldade de se concentrar, não conseguir completar as tarefas iniciadas, dar a impressão de que não escuta o que se lhe é dito, distrair-se facilmente, agir de forma intempestiva, frustar-se ou desistir facilmente, pular constantemente de uma atividade para outra, necessitar de muita supervisão para levar a cabo uma tarefa ou uma inquietação generalizada.

O contexto do filme não nos mostra, mas as pessoas com esta síndrome também podem apresentar:

Transtornos Específicos do Aprendizado - em alguns casos podem estar presentes, tais como dislexia, dificuldades à escrita ou leitura, ou problemas na integração visual-motora.

Problemas reativos - resultantes das dificuldades diárias enfrentadas como estigmatização, baixa auto-estima proveniente dos sintomas, dificuldades de atenção acarretando baixo rendimento acadêmico, são fatores que podem levar a estados depressivos.

Distúrbios do sono - podem ocorrer como sonambulismo, dificuldade em conciliar o sono ou despertares freqüentes.

Dificuldade em controlar os impulsos - que pode resultar em comportamentos impróprios, explosivos ou excessivamente agressivos.

Phoebe apresenta os primeiros sintomas como tiques faciais, como por exemplo piscar muito rápido dos olhos ou torções da boca. Todavia, sonorizações involuntárias, tais como pigarrear ou fungar, ou tiques afetando os membros podem também ser os sintomas iniciais. Em alguns casos o distúrbio irrompe abruptamente com múltiplos sintomas de movimentos anômalos e tiques vocais.

As pesquisas atuais desta síndrome mostram forte evidência de que o problema se origina de anomalias metabólicas de pelo menos um neurotransmissor cerebral chamado dopamina. Provavelmente outros neurotransmissores, tais como serotonina também estão implicados em sua gênese.

A família e o Psiquiatra não diagnosticam a ST de Phoebe com coesão, porém por isto, relato que o diagnóstico se faz observando-se os sinais e sintomas e pelo histórico do surgimento dos sintomas. Nenhum exame de sangue ou de imagem ou de qualquer outro tipo estabelece o diagnóstico de ST. No entanto o médico pode solicitar alguma investigação complementar (EEG, tomografia ou certas análises sangüíneas) para descartar outras doenças raras que em um caso específico pudessem estar presentes e expressar sintomas semelhantes aos da ST.

Percebam no contexto do filme e em pesquisas independentes que existem estudos genéticos mostrando que os distúrbios de tiques, incluindo ST, são herdados como gen ou genes dominante(s) com a capacidade de produzir sintomatologia variada nos diversos membros da família. O indivíduo portador de ST tem uma chance de cerca de 50 por cento de transmitir seu gen ou genes à sua prole. No entanto este gen ou genes podem se expressar como ST, ou uma síndrome de tiques bastante leve, ou como um transtorno obsessivo compulsivo sem expressão de tiques de espécie alguma. Sabe-se que a incidência de tiques leves e manifestações obsessivo compulsivas é mais elevada entre os familiares dos pacientes com ST. O sexo da criança também influencia a expressão do gen ou genes. A chance de que o filho de um portador de TS venha a ter o mesmo distúrbio é pelo menos três vezes maior para os filhos do sexo masculino. Todavia somente uma minoria das crianças que herdam este gen ou genes manifestarão sintomas cuja gravidade tornará imperiosa a assistência médica. E há casos de ST em que não se identifica hereditariedade; são casos designados como ST esporádica pois que não se pode estabelecer vinculação genética.

A síndrome não tem cura, porém é possível uma remissão dos sintomas. Esta remissão pode ocorrer a qualquer instante. Os dados atualmente disponíveis sugerem que os tiques tendem a estabilizar-se e a ficar menos intensos na idade adulta. As pessoas diagnosticadas têm o mesmo tempo de vida que as pessoas sem a síndrome.

A explanação contextual do filme revela que a maioria das pessoas com ST não é prejudicada de forma significativa pelos sintomas e por conseguinte não necessitam de tratamento medicamentoso. No entanto, existem medicações eficazes que auxiliam no controle dos sintomas quando estes prejudicam a vida do paciente. Exemplos de fármacos úteis são haloperidol, pimozida, clonidina, clonazepam. Estudos recentes apontam a utilidade de novas drogas como risperidona e paroxetina como eficazes no manejo do componente impulsivo. Drogas como metilfenidato ou dextroanfetamina prescritos para hiperatividade podem ser prescritos com cautela. Sintomas obsessivo-compulsivos podem tratar-se com clomipramina , fluoxetina e outras medicações semelhantes.

A dose necessária para se obter o melhor controle possível é individual e varia para cada paciente e precisa, portanto ser meticulosamente monitorizada pelo médico. O medicamento é administrado em pequenas doses com aumentos graduais até que se atinja o máximo alívio de sintomas com o mínimo de efeitos colaterais. Algumas reações adversas à medicação podem ocorrer eventualmente tais como fadiga, inquietação motora, ganho ponderal e retraimento social, sendo que a maioria destas reações podem, por sua vez, serem controladas com outras medicações específicas. Outros tipos de efeitos colaterais que por vezes aparecem como depressão ou prejuízo cognitivo podem ser aliviados com redução ou substituição da medicação.

Outras modalidades de terapia também podem ser úteis. Por vezes psicoterapia pode ajudar o indivíduo portador de ST e auxiliar sua família a lidar com os problemas psicossociais que acompanham a ST. Algumas técnicas cognitivo-comportamentais podem facilitar a substituição por um tique mais aceitável. O uso de técnicas de relaxamento ou biofeedback podem ser úteis durante períodos prolongados de estresse intenso.

PAPEL DA ESCOLA - os alunos com ST têm diferentes necessidades educacionais, possuem um QI igual ao das outras crianças e a maioria deles tem bom desempenho acadêmico numa classe normal para sua idade. Algumas crianças poderão necessitar de um apoio educacional especial. Alguns alunos que possuem certos transtornos de aprendizado que, combinados com o transtorno de déficit de atenção e com as dificuldades inerentes de ter de lidar com tiques freqüentes podem requisitar uma atenção pedagógica mais intensa. Algumas crianças podem requerer supervisão individual em uma sala de estudos, por exemplo. Ou ainda exames orais quando os sintomas da criança interferem em sua capacidade de escrever. O uso nestes casos de gravadores, máquinas de escrever ou computadores para os distúrbios da leitura e da escrita (nos raros casos em que estes estiverem presentes no quadro clínico), provas e exames sem limite de tempo (particularmente úteis quando as salvas de tiques atrapalham a adequação ao tempo limite para responder às perguntas), provas em aposento à parte (quando os tiques vocais estiverem intensos e atrapalhando o curso da prova) ou permissão para sair da sala para aliviar-se da salva de tiques. Todas estas medidas pedagógicas são simples de se executar e resolvem muitas dificuldades práticas. Todos os estudantes com síndrome de Tourette precisam de um ambiente compreensivo e tolerante, que os encoraje a trabalhar para atingirem todo seu potencial e que seja flexível o bastante para atender suas necessidades específicas.

É importante tratar a Síndrome de Tourette precocemente, pois como os filme relata os sintomas são perturbadores ou assustadores. Os sintomas retratados podem provocar rejeição e ridículo por parte de colegas, vizinhos, professores e até observadores ocasionais. Os pais podem se sentirem-se arrasados pelo caráter inusitado do comportamento de seu filho. A criança corre o risco de ser ameaçada, excluída das atividades familiares e privada de se envolver nas atividades e relacionamentos corriqueiros de sua faixa etária. Tais dificuldades tendem a aumentar na adolescência, um período muito especial na vida dos jovens e mais ainda na de uma pessoa que luta contra as dificuldades de uma doença neurológica. O diagnóstico e tratamento precoces são recomendáveis para evitar ou minimizar danos psicológicos.

Enfim o filme proporcionou uma amplitude de saberes de como lidar com a criança que apresenta tais distúrbios.

REFERENCIA

A Menina no País das Maravilhas (Phoebe in Wonderland). 2008. EUA. Direção e Roteiro: Daniel Barnz. Elenco: Elle Fanning (Phoebe Lichten), Felicity Huffman (Hillary Lichten), Bill Pullman (Peter Lichten), Patricia Clarkson (Miss Dodger), Campbell Scott (Diretor Davis), Ian Colletti (Jamie), Gênero: Drama, Família, Fantasia. Duração: 96 minutos.





Projeto: Nós no mundo de Tarsila do Amaral de Simone Helen Drumond

Projeto, planejamento e atividades de Arte

Disciplina: Educação artística


Aulas semanais: 2 ( duas)

Série: 1º ano do Ensino Fundamental

Professora: ...............................................................................................................................



Fevereiro e Março

Habilidades


1. Expressão oral

* Conhecer a biografia da artista plástica.

* Interpretar obras de arte, compreendendo sua função comunicativa.

* Estabelecer relações entre obras de arte e os conteúdos propostos em sala.



2. Expressão escrita / manual:

* Representar por meio de desenho o que lhe foi proposto.

* Expressar suas habilidades artísticas e manuais (conforme sua maturação e capacidade) através da criatividade no de correr das atividades.



3. Leitura e interpretação de diferentes linguagens

* Compreender que a leitura e interpretação de diferentes linguagens e propiciar um tipo de comunicação nas quais inúmeras formas de significados se condensam entre as disciplinas do currículo da 1ª série.



Conteúdos conceituais



1. Nós no Mundo de Tarsila

A artista plástica paulista é a pintora mais representativa da primeira fase do movimento modernista brasileiro. Seu quadro Abaporu, de 1928, inaugura o Movimento Antropofágico nas artes plásticas.

Cronologia

• 1886 - Nascimento, em CapivariSP, filha de José Estanislau do Amaral e Lydia Dias de Aguiar do Amaral

• 1906 - Casamento com André Teixeira Pinto

• 1926 - Exposição em Paris

• 1928, 11 de janeiro - Pinta o Abaporu (palavra indígena que significa "homem que come") para dar de presente de aniversário a Oswald de Andrade

• 1933 - Pintura do quadro Operários. Dá início à pintura social no Brasil.

• 1934 - Participação no 1º Salão Paulista de Belas Artes

• 1951 - Participação da I Bienal de São Paulo

• 1973, 17 de janeiro - Falecimento em São Paulo, SP



Atividades



1ª e 2º aulas – Data ......../......../........

Esta aula de hipótese será por meio de uma conversa informal. O/A professor (a) irá desafiar os alunos abordando algumas perguntas para investigar o conhecimento dos mesmos sobre o que já sabem sobre o assunto proposto e o que gostariam de saber.

- Quem conhece a Tarsila?

- O que ela fez?

O QUE SABEMOS

- É uma mulher

- É uma pintora -

O QUE QUEREMOS SABER

- O que ela pintou?

- Ela é viva?

- Ela é nova ou velha?

- Onde viveu?

- Que música ela ouvia?

- Ela pintava pessoas?

- Ela pintava plantas?

- Ela gostava de pintar flores?

- Ela é bonita?


Atividade - Auto- retrato

Contar a biografia de Tarsila do Amaral de uma forma bem simples apresentando a tela Auto-retrato. Em seguida cada criança em seu caderno de desenho irá fazer o seu auto-retrato, utilizando giz de cera, lápis de cor e lápis grafite..


O/A professor (a) poderá valer-se da dinamica para que a aula seja mais harmoniosa.


Dinâmica – Você é o artista!

Material - Uma folha para desenho e um lápis colorido ou caneta hidrocor para cada aluno.


Desenvolvimento

1- Distribuídos os materiais da dinâmica, o/a educador (a) explica o exercício: Cada qual terá que responder, através de desenhos, à seguinte pergunta:

- Quem sou eu? (Dispõem de 15 minutos para preparar a resposta)

2- Os alunos desenham sua resposta

3- Forme um circulo e promova a apresentação dos desenhos (respostas. O grupo de alunos procura interpretar as resposta. Feita essa interpretação, os interessados, por sua vez, comentam a própria resposta



3ª e 4ª aulas – Data ......../......../........

Atividade - Jogo dos bichos

• Colocar em exposição em sala à tela A Feira I, as crianças irão observar a tela e fazer um breve comentário, o/a professor (a) registrará as respostas.


• Identificar as frutas regionais que aparecem na tela.

• Observar no quadro e relatar a partir de seu conhecimento, as frutas que não são produzidas na nossa região.

• Reproduzir no caderno de desenho a tela da artista plástica, utilizando giz de cera, papéis coloridos, entre outros materiais, observando: as formas, tamanho, as cores de cada objeto que compõe a tela.

• Compararmos o feirante de hoje com o feirante da época da artista plástica.




5ª e 6ª aulas – Data ......../......../........


• Promover uma conversação sobre a tela. O que será que a artista plástica queria dizer ao pintar essa tela? O/A professor (a) fará o registro das respostas na lousa.


• Matemática e artes - Observar as formas geométricas, encontradas na tela. Explorar as formas geométricas (nome,forma, cor, onde mais podemos encontrar tal forma, enfim, deixe as crianças falarem livremente sobre o contexto em estudo).

• Explorar as cores, objetos, pessoas e moradias do quadro.

• Mostrar um mamão para as crianças deixá-las tocar, cheirar, sentir a forma. Após distribua um pedaço do mamão para as crianças sentirem o gosto. Explore o sabor desta fruta. Deixe as crianças falarem sobre este contexto.

• No caderno de desenho as crianças irão promover a reprodução da obra – O mamoeiro. Cada criança será respeitada de acordo com sua habilidade artística.



7ª e 8ª aulas – Data ......../......../........


Incentivadas a dar asas à imaginação, empunhando pincéis, lápis de cor e massinha. Apreciando as obras de arte

Reproduzir algumas obras da Artista Plástica

Após analisarmos, visualizarmos e observarmos as obras da artista plástica Tarsila do Amaral, os alunos terão a possibilidade de ampliar o seu repertório e experimentar novas formas do fazer artístico, desenvolvendo a criatividade criando uma tela da sua autoria.

Deixar em exposição as seguintes obras: Romance, Floresta, Cidade, Manacá, Sol Poente, Distância, A Cuca e a Lua. As crianças em trio deverão escolher uma das obras e fazer uma releitura, relatando tudo que há na tela (a professora será a escriba). Em seguida deixar a disposição de cada equipe materiais diversos para que as crianças reproduzam a tela como quiserem.

Exemplo de Obra de Artes recriada com massa de modelar.




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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

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