Texto de Simone Helen Drumond de Carvalho
A participação ativa dos pais é necessária e de grande valor porque desde pequena a criança desenvolve-se inteiramente ao redor deles e são os mesmos, que servirão de apoio a sua criatividade e ao seu comportamento produtivo na escola e na vida em sociedade, quando for adulto, pois a família é e sempre será uma poderosa influência para o desenvolvimento do caráter dos filhos.
ARANHA (1996)
A educação dada pela família fornece o “solo” a partir do qual o homem pode agir até para, em última instância, se rebelar contra os valores recebidos: contra esses valores, mas sempre a partir deles. Portanto a família é o local privilegiado para o desenvolvimento humano. O desenvolvimento da personalidade das crianças não depende só do método disciplinar ou educativo, mas depende também da influência dos pais, da ligação entre ambos (p. 61).
Salvador (1999, p. 87) diz que muitas crianças não têm a oportunidade de vivenciar as atividades domésticas do dia a dia em seu lar, outras não conhecem o trabalho dos pais, só sabem que eles trabalham, mas não o que fazem ou onde. Podemos dizer que esses filhos estão muito distantes do mundo adulto.
Os pais acreditam que existem certos assuntos que não são importantes para o cotidiano da criança. Enganam-se, tudo o que a criança souber a respeito deles será de grande valor para seu desenvolvimento moral, ético e afetivo, e ainda diz que as crianças estão acostumadas em aprender e terem atenção de outras pessoas. Isso acaba confundindo eles, que por sua vez acabaram por não sentir que a família é sua transmissora de valores e segurança. As crianças necessitam de atenção, carinho, todas as coisas boas que só a família pode oferecer, eles são também interlocutores das mensagens transmitidas pelos pais.
De acordo com SARTI (2003):
As relações entre pais e filhos têm o poder de estabelecer vínculos fortes de afetividade. Da afetividade ao modo de falar, agir, ou seja, se há diálogo entre pais (mãe/pai) e entre filhos, se há compreensão, ou conflito, crises emocionais, depressão, drogas, pois a família é o berço da cultura e a base da sociedade futura e ela se torna um espelho para as crianças (p. 48).
Os filhos quando são chamados para participarem de certas atividades junto com os seus responsáveis terão mais chances de aprender a errar e acertar, entendendo que futuramente serão responsáveis pelos seus atos. Pai e mãe constroem juntos, uma ponte que tem como objetivo levar os filhos a novas situações de conhecimento. Sabemos que a família nuclear tradicional composta por pai, mãe e filhos foi perdendo sua estrutura com o passar dos anos e com as mudanças na sociedade.
Salvador (1999, p. 56) ressalta que devido a essas mudanças que o crescimento da população e o desenvolvimento geral dos países trouxeram como conseqüências a perda de certos valores que antigamente a família possuía e preservava, ainda diz que como conseqüência dessas perca de valores, temos de destacar as dificuldades que essa nova estrutura familiar vem sofrendo e especialmente os filhos.
Não estamos generalizando, mas infelizmente muitos problemas de cunho psicológico e de aprendizado foram ocasionados devidos essa falta dos vínculos afetivos entre a família e os filhos. Por ser a primeira instituição social a qual somos inseridos desde o nascimento, a família é responsável pelos conhecimentos prévios de seus filhos. Com o tempo a mesma perdeu a função de ser o modelo.
Essa tendência se tornou freqüente nos dias atuais. As crianças sofrem com o impacto do divórcio que virou algo corriqueiro em nossa sociedade. Algumas já nascem de pais separados, fazendo com que essas crianças venham sofrer com essa falta de vínculos amorosos entre pai e mãe perdendo total equilíbrio emocional.
Não podemos nos esquecer que as relações entre pai, mãe e filhos é a chave para o desenvolvimento da criança no que diz respeito ao seu papel como cidadão na sociedade.
Notamos que crianças provindas de um ambiente familiar adequado estão mais adaptadas ao meio em que vivem, e geralmente não sofrem de problemas educacionais, emocionais e éticos.
Assim como todas as instituições sociais, a família cria certos hábitos entre os membros que dividem o mesmo espaço. Basicamente uma pauta reguladora que tem como objetivo, garantir o bem estar dos componentes desse lar. Através de normas de conduta e de atos, cada um tem um papel diferente a ser exercido dentro desse ambiente. Essas normas fazem com que cada um saiba o seu lugar e até onde pode chegar.
Considerada um sistema, a família carrega em seus ombros à função e o dever de proteger os seus membros, favorecendo a eles o conhecimento a cultura a qual pertencem e ainda podemos perceber que a família é tão importante para a vida do indivíduo nesse artigo, pois ela vem em primeiro lugar, depois a sociedade e logo o Estado.
Pretendemos agora ressaltar algumas das funções que as famílias devem exercer para promover ao indivíduo um bom desenvolvimento social. Resumem-se em poucas linhas os seus deveres. As famílias devem cuidar e proteger as crianças, garantido a eles condições dignas de sobrevivência. Quando essas funções não podem ser cumpridas, entram em cena organizações que tem como objetivo oferecer assistência a essas pessoas carentes, dando o suporte necessário.
A família é a primeira instituição social a qual somos inseridos desde o nascimento, portanto uma de suas funções é a da socialização, promover ao indivíduo relações de sociabilidade com outras pessoas.
A família por sua vez precisa dar o suporte necessário para a evolução acadêmica da criança. É extremamente importante que a família promova ao educando situações de aprendizado e de suporte quando necessário. Salvador (1999) destaca que durante muito tempo os pais eram os mediadores da aprendizagem dos filhos. Continuam sendo, mas agora existe a escola que juntamente com a família formam uma ponte para melhorar o aprendizado.
Outra função é a de oferecer suporte emocional, propiciando a essa criança um ambiente equilibrado de amor, compreensão, afeto, valores. Essa função será um passaporte para o sucesso dessa criança como adulto. Segundo Kaloustian (1988, p. 74), a família é o lugar indispensável para a garantia da sobrevivência e da proteção integral dos filhos e demais membros. Portanto, tem o papel decisivo na educação dos filhos, e é a responsável em transmitir valores humanitários, culturais, morais, sentimento de solidariedade etc.
O indivíduo que tiver a oportunidade e adquirir esses valores em seu seio familiar terá a chance de ser um grande ser humano, com muitas qualidades. Acrescentamos que a família é e sempre será uma influência poderosa para o desenvolvimento do caráter dos indivíduos, caráter esse que é moldado dentro das aprendizagens no ambiente familiar.
A escola entra como complemento para a formação dessa criança. A escola contribuirá para que a familiar desenvolva seu potencial. Trabalhando juntas, ambas terão sucesso e o aluno terá a oportunidade de se tornar um cidadão de bem, podendo exercer melhor o seu papel na sociedade. Com o passar dos anos, certos valores foram perdendo sua importância, os pais agora trabalham muito não tendo tempo para transmitir os conhecimentos prévios de educação para os seus filhos.
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