sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

NATAL - Conversas - Teatro


Vaquinha - Nasceu aqui no nosso estábulo um menino que está a dormir, e se ele acorda é capaz de começar a chorar. (...)

Burro - Vamos para junto dele. Talvez precise de nós. ( algum tempo depois )

- Eu não dizia! O pequenino parece que está cheio de frio. Ó comadre. Dê- lhe um bocadinho do seu bafo, que mal não lhe há- de fazer. Que eu vou fazer o mesmo.

Camelo - Valeu a pena vir de tão longe para ver este criança!

Vaquinha - Vieste de muito longe?

Camelo - Do Oriente longínquo. Dias e noites sem parar, sempre a seguir uma estrela misteriosa. Mas o meu amo Baltazar é que entende dessas coisas.

Outro Camelo - Posso entrar? Eu também venho do oriente. O meu amo chama-se Belchior e diz que este menino é Deus.

Vaquinha - Cá para mim é apenas uma criança cheia de frio.

O terceiro Camelo - O meu amo, que se chama Gaspar, diz que esta criança, que hoje aqui nasceu, é uma criança muito especial. Ele é um grande sábio!

Uma ovelhinha (que está deitada aos pés do menino) - Deixem- se mas é de larilolelas, e tratem de rodear a criancinha para ela não sentir frio! E quem quiser conversar, vai lá para fora, que isto aqui não é lugar de falatórios! Ora não querem lá ver!?!

Maria Alberta Menéres - Desabrochar

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