quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

É CORRETO ANTECIPAR CONTEÚDOS DO ENSINO FUNDAMENTAL, A CRIANÇAS QUE ESTÃO CURSANDO A EDUCAÇÃO INFANTIL?



Vamos participar o espaço é de todos nós!

8 comentários:

  1. Presidente da Câmara Básica do Conselho Nacional de Educação fala sobre ingresso de alunos com 5 anos de idade e do perigo de adiantar a escolarização das crianças.

    Fim de ano, você já fez ou deve estar fazendo a matrícula do seu filho. E aquela lei, sancionada em 2006, que aumentou a duração do ensino fundamental para nove anos e adiantou a entrada de crianças no primeiro ano com 6 anos de idade, ainda gera polêmica.

    O prazo para que as instituições se adequem à nova regra é 2010 e, enquanto esse processo está em fase de transição, você ainda pode ver em algumas escolas crianças sendo matriculadas com 5 anos no primeiro ano, principalmente aquelas que já freqüentam a pré-escola. “As crianças devem acompanhar a sua turma de sala de aula. Afinal, ela tem um grupo de referência, e a ruptura seria prejudicial”, afirma Callegari.

    A entrada dos novos alunos, no entanto, já deve seguir a lei. “O Conselho Estadual de Educação fixou normas nacionais, com diretrizes claras, para que só sejam matriculadas no 1o ano do ensino fundamental crianças que completem 6 anos até o início do ano letivo. Essa lei é obrigatória e deverá ser cumprida. Não podemos aceitar que cada Estado faça o que bem entende”, diz Cesar Callegari, presidente da Câmara Básica do Conselho Nacional.

    Enquanto alguns pais acham vantajoso apressar a escolarização do filho, o presidente da Câmara ressalta que a medida garante o bem-estar educacional da criança brasileira. Segundo ele, por mais que ela tenha habilidade para ler, por exemplo, aos 5 anos, há outras etapas de seu desenvolvimento que ainda não estão maduras.

    Fonte: Crescer

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  2. A polêmica sobre ensinar ou não as crianças a ler e a escrever já na Educação Infantil tem origem em pressupostos diferentes a respeito de várias questões. Entre elas:

    ■ O que é alfabetização? Alguns educadores acham que é a aquisição do sistema alfabético de escrita; outros, um processo pelo qual a pessoa se torna capaz de ler, compreender o texto e se expressar por escrito.

    ■ Como se aprende a ler e escrever? Pode ser uma aprendizagem de natureza perceptual e motora ou de natureza conceitual. O ensino, no primeiro caso, pode estar baseado no reconhecimento e na cópia de letras, sílabas e palavras. No segundo, no planejamento intencional de práticas sociais mediadas pela escrita, para que as crianças delas participem e recebam informações contextualizadas.

    ■ O que é a escrita? Há quem defenda ser um simples código de transcrição da fala e os que acreditam ser ela um sistema de representação da linguagem, um objeto social complexo com diferentes usos e funções.

    Em razão desses diferentes pressupostos, alguns educadores receiam a antecipação de práticas pedagógicas tradicionais do Ensino Fundamental antes dos 6 anos (exercícios de prontidão, cópia e memorização) e a perda do lúdico. Como se a escrita entrasse por uma porta e as atividades com outras linguagens (música, brincadeira, desenho etc.) saíssem por outra. Por outro lado, há quem valorize a presença da cultura escrita na Educação Infantil por entender que para o processo de alfabetização é importante a criança ter familiaridade com o mundo dos textos.

    Na Educação Infantil, as crianças recebem informações sobre a escrita quando: brincam com a sonoridade das palavras, reconhecendo semelhanças e diferenças entre os termos; manuseiam todo tipo de material escrito, como revistas, gibis, livros, fascículos etc.; e o professor lê para a turma e serve de escriba na produção de textos coletivos.

    Alguns alunos estão imersos nesse contexto, convivendo com adultos alfabetizados e com livros em casa e aprendendo as letras no teclado do computador. Eles fazem parte de um mundo letrado, de um ambiente alfabetizador. Outros não: há os que vivem na zona rural, onde a escrita não é tão presente, e os que, mesmo morando em centros urbanos, não têm contato com pessoas alfabetizadas e com os usos sociais da leitura e da escrita.

    Grande parte das crianças da escola pública depende desse espaço para ter acesso a esse patrimônio cultural. A Educação Infantil é uma etapa fundamental do desenvolvimento escolar das crianças. Ao democratizar o acesso à cultura escrita, ela contribui para minimizar diferenças socioculturais. Para que os alunos aprendam a ler e a escrever, é preciso que participem de atos de leitura e escrita desde o início da escolarização. Se a Educação Infantil cumprir seu papel, envolvendo os pequenos em atividades que os façam pensar e compreender a escrita, no final dessa etapa eles estarão naturalmente alfabetizados (ou aptos a dar passos mais ousados em seus papéis de leitores e escritores)".

    Carla - Uberaba - MG

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  3. Ler para crianças pequenas: Saberes do Professor

    Os primeiros anos de vida marcam um momento da infância em que a criança está aberta para descobrir o mundo de pessoas e objetos que a cerca. Este é um momento propicio para aprendizagens que subsidiam todo o desenvolvimento posterior do homem.

    Em especial na educação de crianças pequenas, entre 0 e 6 anos o fazer partilhado é fundamental no processo de apropriação de conhecimentos propulsores de um amplo desenvolvimento e da personalidade infantil.

    O professor portanto, é um sujeito essencial no processo de apropriação do conhecimento da criança quando organiza o espaço, o tempo e os materiais na instituição, contemplando o tempo da criança e o espaço como historicamente formado a partir das experiências ali vivenciadas

    Ler histórias é uma das maneiras de inserir ativamente - a partir do fazer ativo e intencional do professor - a criança desde pequenininha no mundo letrado.

    Mas o que o professor precisa saber e fazer para ler para crianças pequenas?

    O professor precisa gostar do que vai ler, seus olhos precisam brilhar.
    Conhecer muito bem o texto, utilizar a voz de forma clara, cuja a intensidade, entonação e pausa dependerá da propria história e do lugar onde será lida;
    Criar rituais: um momento na rotina, uma canto da sala, um tapete. Isso é imprecindível quanto menor a criança
    Conversar com as crianças antes e depois dos momentos de leitura.
    Quando a criança interrompe a história é preciso se dirigir a ela seja com um olhar ou um sorriso afetuoso indicando que depois de terminada a história ela tera voz para se manifestar.

    Maria Cristina dos Santos

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  4. Neste espaço ainda cabe o argumento: Se quero que meu filho fale bem inglês, devo colocá-lo em uma escola bilíngüe?

    Em geral, é mais indicada para famílias que convivem com mais de um idioma. A decisão varia ainda conforme a idade da criança. Os adeptos das bilíngües defendem que quanto mais cedo ela aprender a segunda língua melhor será o resultado e que, por possibilitar aprendizado espontâneo, a escola é adequada para isso. Mas é preciso avaliar se são transmitidos valores do país em que a criança vive e se isso é prioridade para os pais.

    Christe - Cascavel - PR

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  5. Acho que as criança devem ter uma rotina ludica, até que estejam naturalmente prontas para aprender a ler e escrever.

    A rotina na educação infantil deve ser lúdica e diversificada. Jogos, histórias, brincadeiras, experiências, momentos livres, entre outras atividades, com foco no desenvolvimento do pensamento lógico e matemático, da comunicação, da expressão (incluindo linguagem oral, artística, escrita e musical) e do corpo, além de permitir conhecimentos sobre a natureza e a sociedade. E o mais importante: que seja previsto na rotina também momentos para a criança escolher o que quer fazer.

    Barbara - Curitiva -PR

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  6. Em que idade meu filho deve começar a ler e escrever e qual é o método mais comum de alfabetização? Qual é o papel da família?
    Há dois métodos de alfabetização mais comuns. O fônico adota cartilhas próprias para alfabetização e ensina a criança a associar letras e fonemas, para depois formarem palavras. O que segue o pensamento construtivista utiliza-se de textos “reais” (livros, músicas, etc.), frases são examinadas e comparadas, até que os futuros leitores façam deduções que os permitam discriminar palavras, sílabas e letras. Algumas escolas mesclam os dois métodos e, também por isso, não há como dizer se um é mais eficiente que o outro, pois o que importa é a preparação e dedicação de quem ensina. Em geral, o processo de aprender a ler e escrever completa-se entre os 5 e 6 anos e a família tem um papel importante: continuar o incentivo à leitura, fazendo da descoberta das palavras um prazer compartilhado.

    Sondra - Niterói - RJ

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  7. Sim, mas desde que essa antecipação seja feita de forma adequada preparando o caminho para as próximas etapas desde as etapas anteriores.

    O processo de letramento pode e deve começar com músicas pelo próprio nome da criança logo após o parto se possível, é claro. É necessário o casal pensar no nome da criança e na combinação das partes do sobrenome durante a gravidez. Uma vez definido isso, testar diferentes ritmos em busca do que melhor se adequa ao nome, e claro, musicalizar também as letras de cada um dos nomes distribuindo em partes de, no máximo, até cinco letras entre as pausas. Exemplo: temos E S M E, E S M E (duas vezes seguidas das quatro primeiras letras); R (mudança de entonação na letra do meio); A L D A, A L D A (repete o ritmo da parte inicial com as outras quatro letras finais). ESME-RALDA, ESME-RALDA (canta o nome pronunciando a palavra com uma pausa no meio repetindo duas vezes). Obb.: faz com nome todo palavra por palavra. Outro exemplo é V I N H, V I N H (em um tom de voz); E D O, E D O (em outro tom de voz). VI-NHE-DO, VI-NHE-DO (duas vezes com a palavra pronunciada).

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  8. Uma boa forma de introduzir letras maiúsculas de fôrma (letra bastão de máquina) é através das siglas de cada Estado e do DF brincando de faz de conta em que o Brasil é um condomínio gigante com cinco blocos (regiões) e cada bloco tem suas casas (Estados), que por sua vez tem seus moradores (Municípios) exceto o DF que os moradores são cidades satélites junto com a síndica do condomínio (Brasília, que é a capital do Brasil) e cada casa tem o seu dono (capital do Esado) além dos outros moradores (Municípios do interior). Assim, a criança aprende português e estudos sociais ao mesmo tempo se divertindo com a brincadeira, e claro, lembre de cantar os nomes dos Estados e das capitais.

    Uma boa forma de introduzir letras minúsculas de fôrma é através dos elementos da tabela periódica brincando de faz de conta que os elementos são pessoas de uma mesma família e que são amigos de outra família e faz de conta que o elétron é o dinheiro deles. Assim, metais alcalinos dão um elétron aos halogênios, que recebem um elétron. Os alcalino-terrosos dão dois elétrons aos calcogênios, que recebem dois elétrons. A família do boro dá três elétrons para a família do nitrogênio, que recebe três elétrons. A família do carbono tem quatro elétrons e a família dos gases têm oito elétrons. Se tiver dinheiro de brinquedo, melhor ainda. Mas pode usar qualquer coisa fazedo de conta que são elétrons, o dinheiro dos elementos. É importante musicalizar os nomes dos elementos para ajudar a criança a lembrar deles depois, e claro, dentro do possível dizer onde eles estão na natureza. Por exemplo, o lítio está na bateria do celular, o potássio está na banana, o cloro e o sódio estão juntos no sal de cozinha, o carbono e o hidrogênio estão juntos no pum (gás metano - CH⁴), o enxofre está no cheiro do pum (quando fede) etc. É importante desenhar também para tornar divertido para a criança. Assim, a criança aprende português, matemática e ciências ao mesmo tempo enquanto se diverte.

    Vale lembrar que essas atividades lúdicas não substituem as outras normalmente realizadas pelas creches envolvendo a interação entre as crianças dando ênfase ao livre brincar e à psicomotricidade, aos desenhos, às pinturas etc. Essas atividades são complementares no que tangem ao preparo para a melhor recepção da alfabetização quanto a leitura e escrita, em especial, usando as letras de fôrma presentes nos livros e dispositivos eletrônicos, e claro, não substituem também o treino com letra cursiva.

    É importante também que haja continuidade visto que no estágio pré-operatório de 2 a 7 anos a criança tem facilidade de memorização por repetição assim como no estágio sensório-motor de 0 a 2 anos a criança aprende puramente pela experimentação sensorial, e claro, sempre partindo da zona de desenvolvimento real (o que a criança já sabe) para a zona de desenvolvimento potencial (o que a criança pode aprender) passando pela zona de desenvolvimento proximal (a ponde de onde a criança está para onde ela pode ir sendo mediada pelo professor) e sempre combinando a aprendizagem com o afeto. Tudo isso levando em conta as teorias do biólogo Jean Piaget, do psicólogo Lev Seminovich Vygotsky e do médico, filósofo, psicólogo e político Henri Wallon no mínimo. Isso só levando em conta o que se aprende no 1° período fora o que se estuda em toda a pedagogia.

    https://estudio.folha.uol.com.br/ensino-medio-base-nacional/2017/08/1908139-antecipar-alfabetizacao-e-um-avanco-afirmam-especialistas.shtml

    https://estudio.folha.uol.com.br/ensino-medio-base-nacional/2017/08/1908139-antecipar-alfabetizacao-e-um-avanco-afirmam-especialistas.shtml

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