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sábado, 27 de novembro de 2010

Incluindo alunos com deficiência na escola (Parte II) - Alex Garcia

RECEBI POR E-MAIL - * Alex Garcia – Especialista em Educação Especial. Pessoa Surdocega. Presidente da Associação Gaúcha de Pais e Amigos dos Surdocegos e Multideficientes – AGAPASM. Ministra palestras, cursos, seminários, conferências sobre Surdocegueira e Múltipla Deficiência Sensorial em congressos Nacionais e Internacionais. http://www.agapasm.com.br/ - e-mail: contato@agapasm.com.br


ADAPTAÇÕES DE GRANDE E PEQUENO PORTE: Acessibilidade ao alcance dos Gestores e Professores

Detalhando um pouco mais as Adaptações de Pequeno e Grande Porte para Gestores e Professores podemos considerar em um primeiro momento a necessidade da estruturação de uma Equipe de Apoio ao Processo - EAP - que poderá estar constituída pelos Professores da Sala Regular; Educador Especial; Equipe Técnica. Gestores e Famílias. A tarefa da EAP será de Proceder Estudos de Caso – Identificar as Necessidades Educativas Especiais (NEE) – Recomendar as Adaptações – Orientar o Professor da Sala Regular – Acompanhar o Caso.

A EAP devera entrar em ação em situações em que aconteça um Distanciamento Acentuado entre as Competências do Aluno com Deficiência Vs Competências dos Colegas, e também na situação de Necessidades do Aluno Vs Exigências do Ensino Regular. Feita estas observações tem-se inicio as demais adaptações: Adaptações de Acesso ao Currículo; Adaptações de Objetivos; Adaptações de Conteúdo; Adaptações de Métodos de Ensino e Organização Didática e Adaptações de Temporalidade.

INCLUSÃO vs CONSIDERANDO AS DIFERENÇAS

Logicamente que ao falarmos de Inclusão de Pessoas com Deficiência devemos destacar que as adaptações necessárias a estes são também distintas a cada pessoa. É complexo destacar uma característica especifica que poderia permitir a nós Educadores, Professores e Gestores, embasarmos com maior trânsito e aceitabilidade funcional as adaptações. Mas, podemos destacar a todos a seguinte questão: Pessoas com Deficiência que possuírem uma funcional linguagem simbólica e comunicação – são mais flexíveis, portanto, mais usuais e possíveis de serem colocadas em prática as adaptações. Já no que se refere às Pessoas com Deficiência que ainda não possuam uma funcional linguagem simbólica e comunicação – as adaptações a estes são altamente particulares e em muitos casos, porque não dizer, momentaneamente impossíveis de serem colocadas em prática tendo como referencia a inclusão como esta e proposta na atualidade. O que desejamos dizer com isso? Atualmente a inclusão apenas e considerada valida quando o individuo com deficiência, faz parte de... esta no grupo de... etc. Existem milhares de casos de Pessoas com Deficiência que pela severidade de suas perdas e/ou diferenças, não possuem condições de fazerem parte de grupos. Mas nestes casos a inclusão nunca será atingida? Será sim atingida desde que comecemos a ver a inclusão familiar como necessária e primaria. O que desejamos destacar é que algumas Pessoas com Deficiência não estão incluídos nem mesmo em sua própria família – base social – Incluir-se primariamente na base social é indispensável para incluir-se num todo-maior.

INCLUSÃO: Reflexão Adaptativa

Poderíamos dar varias sugestões de adaptações que podem apoiar a inclusão de Pessoas com Deficiência, mas nosso espaço não permite. Assim destacamos que para promover adaptações devemos refletir basicamente sobre os critérios e condições em determinada e especifica situação. Critério é aquilo que pretendemos fazer ou o que desejamos que uma Pessoa com Deficiência aprenda. Condição são os meios, também específicos, que usaremos para satisfazer determinado critério. O que mais sabemos determinar são critérios, e quando necessitamos criar condições desabamos e nos perdemos. Não é mesmo? Uma condição adaptativa especifica que poderíamos deixar a todos como ponto de reflexão seria adaptar para o menor alcance. Por exemplo: Uma pessoa alta pode ler sem problemas uma placa que esta a 1m80cm de altura. Se baixarmos a mesma placa a 1m, a pessoa alta basta se abaixar para ler. Para uma pessoa que tem 1m50cm é impossível instantaneamente crescer para ler a placa que esta a 1m80cm de altura. O grande pode ficar pequeno instantaneamente. Para o pequeno ficar grande de forma instantânea é impossível. Tudo passa por uma questão de TRANSITO e SENSIBILIDADE, ou seja, se nós possuímos habilidades de ir e vir, ficarmos pequenos e logo sermos grandes novamente, para não ver fechar os olhos e para ver melhor abri-los intensamente, basta-nos termos a sensibilidade da transposição, dessa forma, habitando por instantes o corpo, sentimentos e valores do outro, assim apoiarmos nosso semelhante Agora basta a todos refletirem este exemplo relacionando as Pessoas com Deficiência e suas necessidades especiais e especificas.

CONCLUSÃO

Poderíamos destacar muitas outras situações envolventes neste contexto de Inclusão. As exclusões e preconceitos que determinados critérios se propôs, mas que estão escondidas; as relações de poder que estão envolvidas neste processo; Os Poderes que muitas pessoas (aparentemente apoiadores) em nosso Brasil não permitem as Pessoas com Deficiência possuírem; Os Poderes que as Pessoas com Deficiência não podem ter para não serem livres e não se tornarem competitivos; Estas e outras tantas discussões que envolvem as Necessidades Especiais x inclusão x Pessoa com Deficiência x exclusão x poder x marginalização x preconceito, que ficam reservadas para uma nova oportunidade.

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