Simone Helen Drumond Ischkanian[1]
Projeto: Autismo e
Educação – Método de Portfólios Educacionais
http://autismosimonehelendrumond.blogspot.com
As atividades com jogos,
brinquedos e brincadeiras lúdicas no cotidiano da criança com Transtorno do
Espectro Autista é muito importante devido à influência que os mesmos exercem
frente às motivações das crianças TEA/TGD, quando eles estão envolvidos
emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e dinâmico o processo de
desenvolvimento de habilidades, voltadas para o ensino e aprendizagem. O foco do
Projeto: Autismo e
Educação – Método de Portfólios Educacionais é demonstrar a inserção do lúdico: jogos, brinquedos
e brincadeiras e revelar que em qualquer contexto voltado para aprendizagem das
crianças TEA/TGD é uma proposta educacional prática de vivência transformadora que
pode ser mediada eficazmente, dentro dos lares, das escolas, clínicas e demais
espaços educacionais.
O lúdico na construção do processo de aprendizagem da
criança com
TEA/TGD é o exercício do aprender, através do desenvolvimento de atividades com
brincadeiras, jogos e brinquedos, a partir dos aspectos experimentais contidos
no DCNEI. O desenvolvimento de habilidades da criança com TEA/TGD e seu conseqüente
aprendizado por meio do lúdico: jogos, brinquedos e brincadeiras na construção do processo de
aprendizagem, ocorrem quando ela participa ativamente de sua aprendizagem. É de
extrema importância que os pais, educadores e terapeutas proponham desafios e
incentivem a participação da criança nas atividades.
Na escola a
intervenção dos educadores é um fator primordial no processo do ensino e aprendizagem,
além da interação social das crianças com TEA/TGD. O lúdico: jogos,
brinquedos e brincadeiras na construção do processo de aprendizagem são
aspectos indispensáveis para o desenvolvimento do conhecimento da criança com TEA/TGD e os
educadores são mediadores fundamentais nesse processo. De acordo com o
Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 23): Educar significa, portanto, propiciar
situações de cuidado, brincadeiras e aprendizagem orientadas de forma integrada
e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de
relação interpessoal de ser e estar com os outros em uma atitude básica de
aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos
mais amplos da realidade social e cultural.
No Projeto: Autismo e Educação, por meio das
atividades propostas no método de Portfólios Educacionais para crianças com
Transtorno do Espectro Autista, educar é acima de tudo a
inter-relação entre os sentimentos, os afetos e a construção do conhecimento.
Segundo este processo educativo, a afetividade ganha destaque, pois acreditamos
que a interação afetiva ajuda a compreender e desenvolver as habilidades da
criança com TEA/TGD. Como podemos perceber os jogos, os
brinquedos e as brincadeiras são fontes inesgotáveis de interação lúdica e
afetiva. Os
significados dos jogos e das brincadeiras para a formação humana permitem o
desenvolvimento e a aprendizagem da criança com
TEA/TGD. “A
introdução de jogos e atividades lúdicas no cotidiano da criança com
TEA/TGD
é muito importante devido à influência que os mesmos exercem frente às mesmas,
pois quando elas estão envolvidas emocionalmente na ação, torna-se mais fácil e
dinâmico o processo de ensino-aprendizagem. O lúdico enquanto recurso
pedagógico na aprendizagem deve ser encarado de forma séria, competente e
responsável. Os jogos, as brincadeiras e os brinquedos, quando usado de maneira
correta, poderão oportunizar ao educador e ao educando, importantes momentos de
aprendizagem em múltiplos aspectos. ISCHKANIAN, (2013, p.05)”.
A formação
humana, o desenvolvimento e a aprendizagem da criança com
TEA/TGD,
se tornam relevantes, a partir do momento em que os jogos e as brincadeiras vão
surgindo gradativamente na vida da criança. Desde os mais funcionais até os de
regra, os jogos e as brincadeiras proporcionam experiências, possibilitando a
conquista e a formação da identidade infantil. Em casa, na escola, nas clínicas
e nos espaços educacionais, educar uma criança com o
TEA/TGD
não se
limita em repassar informações ou mostrar apenas um caminho, mas mediar os
saberes necessários, para que a criança com
TEA/TGD possa obter consciência de si e do seu entorno. Educar também é
oferecer diversas possibilidades para que a criança com TEA/TGD
possa
escolher caminhos compatíveis com seus valores, sua visão de mundo e com as
circunstâncias adversas que cada um irá encontrar. Nessa perspectiva, segundo o
Referencial Curricular Nacional da Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 30):
O professor é mediador entre as crianças e os
objetos de conhecimento, organizando e propiciando espaços e situações de
aprendizagens que articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais,
sociais e cognitivas de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos
conteúdos referentes aos diferentes campos de conhecimento humano.
Para uma
aprendizagem eficaz é preciso que a criança com TEA/TGD
construa o conhecimento e assimile os conteúdos, neste sentido, o método de
portfólios do Projeto: Autismo e Educação de Simone Helen Drumond Ischkanian,
que para cada atividade, uma caminhada de progressão pessoal revela o
desenvolvimento de habilidades. O lúdico: jogos, brinquedos e brincadeiras na
construção do processo de aprendizagem da criança com
TEA/TGD,
é uma perspectiva educacional excelente. Os brinquedos, as brincadeiras e os
jogos, são recursos para facilitar a aprendizagem, essa perspectiva deve ser
mediada de maneira lúdica, para a criança com TEA/TGD.
Adquirir um aspecto significativo e afetivo no curso do desenvolvimento de suas
habilidades, já que ela se modifica de ato puramente transmissor ao ato
transformador, em ludicidade, denotando-se, portanto em jogos e brincadeiras.
Por meio do universo lúdico, a
criança com
TEA/TGD
começa a expressar-se com maior facilidade, ouvir, respeitar e da sua forma, discordar
de opiniões, exercendo sua liderança, sendo liderados e compartilhando sua
alegria de brincar. Em contrapartida, em um ambiente sério e sem motivações, a
criança com TEA/TGD
acaba evitando expressar seus pensamentos e sentimentos, e realizar qualquer
outra atitude com a incerteza de uma educação fincada em objetivos abstratos,
ninguém desenvolve habilidades coesas.
Como educadora especialista nas
perspectivas educacionais para inclusão, exponho que é possível, qualquer pai,
mãe, educador ou profissional, constatar que por meio de uma holística embasada
na pedagogia do amor e das fundamentações teóricas voltadas para inclusão e das
técnicas e metodologias para o TEA/TGD, que a criança com
TEA/TGD
brinca daquilo que vive. Ela extrai sua imaginação lúdica de seu dia-a-dia,
portanto, as crianças com TEA/TGD, que tem a
oportunidade de brincar e jogar, estão mais dispostas para obter melhores
resultados no desenvolvimento de suas habilidades. A ação
do “jogar e do brincar” leva a criança com
TEA/TGD
a experimentar, descobrir, inventar, aprender e
desenvolver o pensamento e a concentração, além da satisfação de brincar com
objetos criados especialmente para elas. “Só brincando é que ela vai começar
a perceber o objeto não da maneira que ele é, mas como desejaria que fosse.
BOMTEMPO, (2000, pg.61)”. O lúdico: jogos, brinquedos e brincadeiras na
construção do processo de aprendizagem da criança com o
TEA/TGD são tão importantes quanto à alimentação, higiene e saúde, que são
vitais para o desenvolvimento do ser humano, pois estes constroem a base, que
auxiliará o desenvolvimento de habilidades para projeção de perspectivas
educacionais.
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