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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

A felicidade é normal?


Hoje temos  um  padrão  de  vida  mais  elevado  do  que qualquer  um  alcançado  pela  humanidade  até  então.  Dispomos  de  melhores tratamentos  médicos,  melhor  alimentação,  melhores  condições  de  habitação, melhor  saneamento  básico,  mais  dinheiro,  mais  serviços  de  assistência  social  e mais  acesso  a  educação,  justiça,  viagens,  diversão  e  oportunidades  de  carreira. 

A atual  classe  média  vive  melhor  do  que  a  realeza  de  um  tempo  não  tão  distante  no passado.  Mesmo  assim,  as  pessoas  não  parecem  muito  felizes.  A  seção  de autoajuda,  nas  livrarias,  está  abarrotada  de  títulos  sobre  depressão,  ansiedade, estresse,  problemas  de  relacionamento,  vício  em  drogas,  e  muito  mais.  

Ao  mesmo tempo,  há  experts  na  televisão  e  no  rádio  nos  bombardeando  diariamente  com conselhos  para  melhorar  a  vida.  A  quantidade  de  psicólogos,  psiquiatras, conselheiros  matrimoniais  e  familiares,  assistentes  sociais  e  "orientadores  de  vida" aumenta  a  cada  ano.  Ainda  assim,  apesar  de  toda  ajuda  e  aconselhamento,  a infelicidade  não  parece  diminuir;  pelo  contrário,  cresce  a  passos  largos!  

Não haverá  algo  de  errado  nesse  quadro? As  estatísticas são  atordoantes:  anualmente,  quase  30%  da  população  adulta enfrentam  algum  transtorno  psicológico.  A  Organização  Mundial  da  Saúde estima  que  atualmente  a  depressão  seja  a  quarta  maior,  mais  cara  e  mais debilitante  doença  no  mundo,  e  que,  por  volta  de  2020,  terá  se  tornado  a  segunda maior.  

.A  cada  semana,  um  décimo  da  população  adulta  sofre  de  depressão clínica,  e  uma  em  cada  cinco  pessoas  enfrentará  a  doença  em  algum  momento  da vida.  Além  disso,  de  cada  quatro  adultos,  um  sofrerá  com  o  vício  em  drogas  ou com  o  alcoolismo  –   hoje  existem  mais  de  vinte  milhões  de  alcoólatras  só  no Estados Unidos da América.

Entretanto,  ainda  mais  espantoso  e  preocupante  do  que  todas  essas  estatísticas é  que  uma  em  cada  duas  pessoas  considerará  seriamente  o  suicídio  e  lutará  contra a  ideia  por  um  período  de  duas  ou  mais  semanas.  E  o  mais  apavorante:  de  cada dez  indivíduos,  um  deles,  em  algum  momento,  tentará  de  fato  dar  cabo  da  vida. Pense  nesses números  por  alguns  instantes.  Pense  em  seus  amigos,  na  família, nos  colegas  de  trabalho.  

Quase  metade  deles  estará,  em  algum  momento,  tão tomado  pelo  sofrimento  a  ponto  de  considerar  o  suicídio.  Um  em  cada  dez chegará  a  tentar.  Francamente,  a  felicidade  duradoura  não  é  normal!

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