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sexta-feira, 23 de abril de 2010

A Escola Na Visão Tradicional


                                                                                      Texto de Simone Helen Drumond de Carvalho
Dentro de uma abordagem Tradicional, a função da escola era só de transmitir conhecimentos disciplinares, não se importando com o interesse dos educandos, suas opiniões, ou seus problemas do cotidiano. Apenas eram enfatizadas as necessidades de exercícios repetidos, cópias de textos e provas orais, para garantir a memorização dos conteúdos e o retorno dos mesmos nas provas aplicadas.

Segundo Brasil (1998, p. 39). “A escola Tradicional é uma proposta de educação centrada no professor, cuja função se define como a de vigiar e aconselhar os alunos, corrigir e ensinar a matéria”. Na Escola Tradicional, o professor era o dono do saber, a única fonte de conhecimento, pois era visto como autoridade máxima perante a escola e principalmente para os olhos dos pais. Era ele que decidia o método utilizado, como aulas expositivas, conteúdo pronto e o pior, os assuntos de aulas eram determinados por ele e também cabia a ele decidir que tipo de avaliação seria dado.

Aranha (1996, p.158) diz que “o mestre possuía todo o saber e autoridade, dirigia o processo de aprendizagem e se apresentava ainda como um modelo a ser seguido”. O professor controlava todas as ações, exigindo dos alunos obediência, disciplina, bons resultados, tudo com uma grande rigidez. Por outro lado era também era exigido na família e no trabalho, pois era esse o objetivo da escola tradicional, formar os educandos somente para o bom desempenho profissional.

A família por sua vez concordava com tudo o que a escola fazia, pois a mesma não tinha noção de que aquele método de ensino aplicado pelo professor era maçante, desgastante para a criança. Complementando toda essa rigidez, à família cabia passar aos filhos as normas sociais e boas maneiras, também os cuidados e afetividade. A família tinha a intenção de proteger os filhos que eram frágeis dos desvios do mundo, para isso era necessária uma educação formal sólida e bem severa.



Segundo ARANHA (1996):

A escola tradicional foi perdendo força por volta do século XVIII, onde alguns países revelaram o interesse de que o Estado assumisse a educação, tornando a mesma gratuita para que todos tivessem acesso. Sendo então, Escola e Família, duas instituições com papéis bem separados, mais complementares para cultura tradicional. (p.124)



Hoje temos uma mudança tanto na escola como na família, porém a grande maioria das escolas se reciclou para receber a família na escola, mas não se reciclaram na maneira como o conhecimento é passado. Tanto é que existem várias particulares que são tradicionais e até hoje são procuradas por alguns pais que ainda julgam a educação tradicional como único método escolar e disciplinar capaz de ensinar as crianças de hoje.

Embora muitas escolas dissessem usar o método construtivista, ainda há em seu corpo docente professores que nunca pensaram em mudar sua posição e nunca mudarão pelo fato de terem medo de perder o controle sobre o aluno. Para esses professores, a família tem que apoiar a escola e juntas fazerem um trabalho a fim de que os educandos sejam literalmente moldados. Para isso as duas precisam de uma integração, onde o aluno seja o principal sujeito dessa aprendizagem e o professor um mediador formal em conjunto com a família. Não é muito distante o fato de a escola tradicional mudar apenas de fachada e em sua estrutura permanecer a mesma.

A família ainda deposita muita confiança na escola e a vê como transformadora de indivíduos e seus maus comportamentos.

Na escola tradicional os professores eram os únicos que tudo podia e o que eles falavam era tido como lei. Logo com o passar do tempo os pais na medida do possível foram conhecendo seus direitos e participando da estrutura da escola, sejam em reuniões por convocação ou por outros eventos realizados pela escola. Mais tarde, um pouco timidamente os pais começaram a se oferecer para serem voluntários da escola e assim passaram a entender e a construir as relações dentro desta.

Um exemplo dessa aproximação são as APMs (Associação de pais e mestres) que juntas elaboram e executam planos de desenvolvimento para a melhoria do ensino e da escola.

Aos poucos a escola e a família vêm criando parcerias, para melhor atender os alunos, pois o aluno que vê seu pai dentro da escola entende que ali é um lugar bom e aberto para todos.

Outro exemplo de família na escola é o Amigo da Escola, onde os pais dão desde palestras a cursos para toda comunidade e alunos. Diálogo, respeito e cooperação são bases necessárias para construção de uma escola onde a família é parte desde o planejamento até a limpeza da escola. Respeito à diversidade é um fator importante porque a escola não pode ditar modelos, pois já que existem diversas famílias, logo existem culturas variadas.

A relação aluno-professor é outro aspecto de suma importância para a relação que a escola tem com a família, pois com certeza os pais trabalharão melhor com a escola à medida que seu filho sentir-se bem relacionado com seu professor.

A segurança que o aluno sente também é peça chave na hora do aprendizado, pois todas suas incertezas serão relatadas para os familiares que apostarão ou não na escola onde o filho encontra-se matriculado.

O professor tem o dever de dar todo o suporte para o aluno tanto física como psicologicamente e um destes quesitos é deixar com que o aluno sinta-se parte da escola e construtor de sua aprendizagem e com certeza a presença da família é de suma importância nesse processo.

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