O estudo dos cadernos escolares, segundo Hébrard (2001), parece mostrar que, por meio do exercício, passa a acontecer não somente uma técnica do corpo, mas também uma técnica intelectual específica feita do saber de fazer gráficos, exercícios e registrar lições. Fazê-los é, sobretudo, aprender a boa manutenção, elegância e limpeza, transformando o caderno em lugar de registro do saber escolar. Através desse, o professor cuida para que o aluno aprenda a "representar" sua vida escolar, ordenando um saber elementar com o mínimo de lacunas possíveis, permitindo uma conclusão sobre o que foi ensinado.
No entanto, diante da universalidade do uso do caderno a todos os que freqüentam a escola, algo de particular é expresso na organização, na forma de fazer apontamentos e na maneira de sinalizar o que acha mais importante.
Os cadernos se diferenciam, mesmo diante dos mesmos conteúdos. O desenho pode vir a ser, então, uma forma de personalizar o próprio caderno, com desenhos espontâneos e simplificações ou um artifício do professor para exemplificar e aproximar saberes, a princípio, tão distantes dos alunos.
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