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Para saber mais, veja o Suplemento Autismo e transtornos invasivos do desenvolvimento, da Revista Brasileira de Psiquiatria, 2006, suplemento1: gratuitamente em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issuetoc&pid=1516-444620060005&lng=pt&nrm=iso
Autismo
Historicamente denominado autismo de Kanner ou Autismo infantil é caracterizado por sintomas das três categorias: prejuízo na interação social, prejuízo na comunicação e padrões restritos e repetitivos de comportamento ou interesse.
Em 1943, Leo Kanner cunhou o termo autismo infantil e descreveu o transtorno: crianças com dificuldade em assumir uma postura antecipatória, demora ou dificuldade no aprendizado da linguagem, ecolalia e uso incorreto de pronomes, repetição de sons ou alterações verbais, memória preservada para alguns fatos, maneirismo, estereotipias, ansiedade. Pobre contato visual, relações anormais com pessoas e preferência por figuras e objetos inanimados – antes de 1980 estas crianças eram classificadas como esquizofrênicas
Prevalência – acorre em 8 para 10.000 crianças. Por definição o autismo se inicia antes dos 3 anos de idade. 4 a 5 vezes mais freqüente em meninos.
Etiologia e patogênese: Fatores genéticos – mais de 5 genes envolvidos, com estudos familiares comprovando sua importância, Fatores biológicos: 2/3 dos autistas têm retardo mental e os autistas também têm altas taxas de convulsões; relacionado a fenilcetonúria, esclerose tuberosa e rubéola congênita.
Diagnóstico e Achados clínicos
Caracteristicas Físicas: à primeira vista não há alterações grosseiras, porém há altas taxas de pequenas anormalidades físicas, como má-formação da orelha. Grande numero de autistas não demonstram lateralização e se tornam ambidestros . Maior numero de alterações dermatológicas como dermatóglifos – sugerindo distúrbio do desenvolvimento do neuroectoderma.
Características comportamentais:
1) Prejuízo qualitativo na interação social – perda do sorriso social e da postura antecipatória para ser carregada no colo por adultos. Pobre contato visual é comum. Geralmente não diferenciam pais de professores ou outras pessoas e podem mostrar extrema ansiedade quando deixados com um estranho. Na idade escolar, as características acima podem se tornar menos obvias, principalmente se a criança for Asperger. Dificuldade importante em brincar com colegas e fazer amigos – comportamento social inapropriado . Não conseguem inferir os sentimentos ou o estado mental dos outros a seu redor. Assim não conseguem saber o os desejos e interesses dos outros para desenvolver empatia (colocar-se no lugar do outro).
2) Distúrbios na comunicação e Linguagem – déficits no desenvolvimento da linguagem e dificuldade em usar a linguagem para comunicar suas idéias são principal item no diagnóstico de autismo. Crianças com autismo não são simplesmente relutantes em falar ou preguiçosas para isso. Desvios ou atraso na aquisição de linguagem s evidentes. Mesmo com grande vocabulário, têm dificuldades de formar frases.
3) Comportamento Estereotipado – No primeiro ano de vida de um autista, muito do que se esperava de exploração espontânea está ausente. Brinquedos e objetos são manipulados d forma ritualística, com pouco significado simbólico. Geralmente não mostram jogo imitativo ou usam pantomima abstrata. As atividades e formas de jogo destas crianças são rígidas, repetitivas e monótonas. Rituais e fenômenos compulsivos são comuns precocemente nestas crianças. Giram, batem e alinham objetos de forma característica. Muitos autistas, principalmente os com grave retardo mental apresentam movimentos anormais: esterotipias, maneirismos e balanço do tronco. Geralmente são resistente SS a transições e mudanças. Mudar de casa, móveis ou pequenas mudanças na rotina podem causar pânico ou medo.
4) Instabilidade de Humor e Afeto – algumas crianças exibem súbita alteração do humor, que vai do choro ao riso sem razão óbvia. È difícil compreender este fenômeno uma vez que o autista não conseguem expressar seus pensamentos a respeito dos afetos.
5) Resposta a estimulo sensorial – Respondem excessivamente a alguns estímulos e pouco a outros (como som e dor, por exemplo).
6) Sintomas comportamentais associados – Hipercinesia (agitação psicomotora) é um problema comum em jovens autistas. Hipocinesia é mais rara. Agressão e temperamento explosivo são observados, principalmente quando há mudanças no ambiente. Auto-mutilaçao é comum e incluem morder, bater, unhar e puxar cabelo. Insonia, dificuldade de focar , problemas alimentares e enurese são comuns
7) Doenças Clínicas associadas – Infecções respiratórias altas são mais comuns. Sintomas gastrointestinais – excessivo arroto, constipação e perda de movimentos intestinais. Aumento de convulsões febris. Muitos não apresentam resposta febril a infecçção.
Uma escala padrão para diagnóstico de autismo é a ADOS-G “Autism Diagnostico Observation Schedule-Generic).
FUNCIONAMENTO INTELECTUAL - 70 a 75% dos autistas apresentam retardo metal. Destes, 30% têm retardo leve a moderado, 45 a 50% têm retardo mental grave. Estudos epidemiológicos correlacioanam autismo com deficiência de QI (retardo mental). 15% dos autistas têmQI e inteligência não verbal normal. Os padrões de quociente intelectual (QI) dos autistas mostram sérios problemas em abstração, seqüenciamento com relativas dificulddadesm em rotas visuespaciais e escolhas relativas à memória.
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL – Asperger, outros transtornos invasivo do desenvolvimento, esquizofrenia infantil, psicose desintegrativa, retardo mental, síndromes neurológicas. E problemas auditivos, afasia adquirida com convulsão.
CURSO E PROGNÓSTICO – Crianças com QI acima de 70 e aquelas com linguagem de comunicação de 5 a 7 anos tendem a ter melhores prognósticos. Os estudos mostram que 2/3 dos autistas se tornam severamente prejudicados e vivem em completa dependência ou semi-dependência, muitos com os pais ou em instituições de longa permanência. Apenas 1 a 2% adquirem uma vida normal com emprego e 5 a 20% adquirem um estado de vida “borderlineâ€�. O prognostico é melhorado se o ambiente familiar é suportivo e capaz de auxiliar nas necessidades específicas de cada criança.. 4 a 32% têm convulsão do tipo grande mal.
TRATAMENTO – O tratamento visa os sintomas alvo que prejudicam o funcionamento social dos portadores de autismo. Acompanhamento na linguagem (Fonoaudiologia) e escolar são fundamentais. Tentativa de reduzir a agitação com as grandes mudanças escolares ou ambientais. Pais precisam de suporte, apoio e muitas vezes psicoterapia Para o autista a intervenção comportamental têm se mostrada eficiente (método TEACH, por exemplo) – classes estruturadas, treinamento, métodos comportamentais. Estudos bem controlados indicam os ganhos nas áreas da linguagem e cognição e redução em comportamento mal-adaptativos nestes programas comportamentais. Treinamento cuidadoso dos pais é fundamental e se traduz em ganhos de linguagem e comportamento social.
MEDICAMENTOSO – visa reduzir a hiperatividade, obsessão e compusão, irritabilidade, agressão e auto-mutilaççao. – Antidepressivos, antipsicoticos, metilfenidato e outros.
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