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domingo, 26 de setembro de 2010

A criança e o brinquedo por Simone Helen Drumond de Carvalho













A atividade lúdica é considerada essencial à formação da criança, e o brinquedo um estímulo a seu desenvolvimento físico e mental. A brincadeira contribui decisivamente no processo de socialização uma vez que, por meio delas, as crianças, meninos e meninas, identificam-se com seus papéis sexuais, aprendem a colaborar e competir (nos jogos de grupos), desenvolvendo a expressão e comunicação verbal; daí a importância em trabalhar a questão da linguagem de uma forma também lúdica, tendo como parâmetro que a comunicação falada é recebida pela criança posteriormente a dos gestos, como nos aponta VYGOTSKY (1979, p.64): a linguagem não pode ser descoberta sem o pensamento e, a palavra, dotada de um significado construído pelo próprio sujeito, será base para a edificação de novos significados em momentos mais avançados do desenvolvimento. Criará ainda, condições para a socialização infantil.

Considerando os estudos realizados por Piaget, a inteligência é uma das condições para que se tenha uma linguagem efetiva. Em tratando-se de PNE, a aquisição da linguagem geralmente ocorre mais tarde se tivermos como parâmetro as crianças ditas normais, e se esta aquisição ocorre com um certo atraso, se não houverem estímulos adequados e suficientes, será ainda mais insatisfatória, gerando angústia às crianças e aos pais, e ainda uma dose muito alta de frustração. Segundo PIAGET (apud FARIA, 1997, p.15):

A inteligência consiste num conjunto de esquemas e estruturas que possibilitam o conhecimento; o pensamento, numa representação desse conteúdo mental; e a linguagem verbalizada, numa das formas de comunicação do pensamento. (...) O conteúdo inconsciente da inteligência ou do pensamento lógico (conceitos, relações, etc.), quando conscientizado e fixado pela palavra, recebe de Piaget o nome de pensamento verbalizado. Portanto, a construção da inteligência é anterior, apresentando-se inclusive como condição à aquisição da linguagem. (...) A linguagem é conseqüência do desenvolvimento cognitivo.

Durante muito tempo, os brinquedos considerados adequados às crianças foram os tradicionais carrinhos, trenzinhos, bonecas, que tinham como única função divertir, atualmente admite-se que a criação de brinquedos procura levar em consideração as necessidades das crianças, pois se reconhece que eles contribuem para o pleno desenvolvimento delas, representando uma forma de apreender o mundo, e ao mesmo tempo, tomar conhecimento de si mesmas e dos seus semelhantes, desenvolvendo suas capacidades e habilidades.

Através do jogo e do brinquedo, desenvolvem-se as habilidades perceptivas, motoras, o raciocínio, a criatividade, e têm a grande capacidade de estimular o convívio em grupo, ou seja, a socialização com jogos do como os de "esconde-esconde", de "rodinhas", entre outras atividades.

Começando pela imitação, observando o mundo que a cerca, a criança vai desenvolvendo e usando a imaginação, até chegar a representação. A criança brinca a vontade, revelando-se pelo brinquedo e dando vazão as suas emoções, permitindo à ela repetir, a sua vontade, os momentos agradáveis e modificar uma situação que lhe foi penosa ou enfrentar sensações que seriam proibidas na vida real. Colaborando desta maneira com o seu desenvolvimento afetivo, o brinquedo trabalha as emoções da criança de uma maneira gostosa: brincando. O jogo e a brincadeira oportunizam situações nas quais, além do vínculo, aspectos cognitivos e conflitos são experienciados.

Na estimulação essencial a maioria das crianças estão no estágio sensório-motor, que segundo (FERREIRA, 1993, p.35):  é a fase do comportamento inteligente antes do desenvolvimento da linguagem. Durante este período, a criança organiza a informação obtida através dos sentidos e desenvolve respostas aos estímulos ambientais. A criança põe em funcionamento um conjunto variado de comportamentos, com a finalidade de experimentá-los e repeti-los. (...) a aquisição mais importante deste período é o esquema do objeto permanente (...) é o que existe apesar da criança não poder vê-lo, tocá-lo, ouvi-lo, sentir-lhe o gosto ou cheirá-lo.

Marcando também, de acordo com a mesma autora, o início do chamado

jogo simbólico é indispensável para manter o equilíbrio afetivo e cognitivo da criança, pois permite a assimilação do mundo real ao "eu", tanto em seus aspectos intelectuais quanto emocionais.

Brincando a criança aprende espontaneamente, desenvolve a sociabilidade, aprende a amar e a partilhar, se desenvolve e nutre sua vida interior. De acordo com CUNHA (1994, p.15 ):

Os brinquedos possibilitam descobertas, estimulam a auto-expressão. É preciso haver tempo e espaço suficiente para o brinquedo, para que a criança solte sua imaginação, invente, sem medo de ser punida ou de desgostar alguém.

Portanto, o trabalho com o brincar na Estimulação Essencial justifica-se pelo fato de que através da brincadeira e do jogo a criança desenvolve seu físico, suas percepções, inteligência, criatividade e seu comportamento social; permitindo à criança um desenvolvimento global através de atividades de descontração, ou seja, a criança aprende e se desenvolve brincando.




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